Na manhã desta quinta-feira (3), São Paulo recebeu um lote com 600 litros de insumos da vacina CoronaVac. Segundo o governo estadual, o material pode produzir 1 milhão de doses do imunizante desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Já são 1 milhão e 120 mil doses enviadas pela farmacêutica a São Paulo com a nova remessa. O primeiro lote, com 120 mil doses prontas, foi recebido em 19 de novembro. Ao todo serão 46 milhões de doses, sendo 6 milhões prontas para aplicação e 40 milhões em forma de insumos, que serão produzidos, envasados e rotulados pelo Butantan.
O governador João Doria (PSBD) foi até o Aeroporto Internacional de Guarulhos acompanhar o recebimento do material.
“A vacina que vai salvar a vida de milhões brasileiros”, ressaltou o tucano.
A chegada dos insumos é um novo episódio na disputa entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro, que frequentemente trocam duras criticas e politizam o processo de fabricação do imunizante, antecipando a corrida ao Palácio do Planalto em 2022.
A matéria-prima saiu de Pequim nesta quarta-feira (2) em um voo comercial da Swiss Air Lines com escala em Zurique, na Suíça. Os insumos foram separados em três bags de 200 litros e colocados em equipamento refrigerado a temperaturas de 2 ºC a 8 ºC.
O processo de envase desta primeira remessa deve levar de quatro a sete dias e envolverá, diretamente, cerca de 40 colaboradores do Butantan. De acordo com o Instituto, a produção será ininterrupta.
Outros lotes do imunizante que se encontra na fase final de testes clínicos em humanos no Brasil devem chegar nas próximas semanas. Entretanto, a vacina só será disponibilizada para a população após aprovação e registro por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A previsão é que os resultados de eficácia sejam anunciados na primeira quinzena de dezembro.
Edição: Leandro Melito