A violência contra a mulher no Brasil é ampla e está no centro da vida cotidiana das vítimas. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgados nesta terça-feira 26, ao menos 27% das mulheres do País sofreram algum de tipo de violência ou agressão. Mais: 80% desses crimes foram praticados por alguém próximo, como marido, namorado, pai, ex-companheiro ou até vizinho. E 40% dos casos aconteceram no interior da própria casa.
O levantamento fala em 4,6 milhões de mulheres agredidas (batidão, empurrão ou chute) no Brasil no último ano. São 536 mulheres por hora. Para violências de qualquer tipo são 16 milhões de mulheres – ou 1.830 vítimas por hora.
O índice cresce mais quando falamos de assédio, que inclui cantadas, comentários desrespeitosos e/ou humilhação. Das entrevistadas, 37,1% afirmaram já ter vivenciado casos assim no último ano.
A relação íntima com os agressores se reflete, muitas vezes, na baixa denúncia. Menos da metade das mulheres procura algum tipo de ajuda para a violência sofrida, segundo a pesquisa.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública enfatizam que agressores, em geral, são pessoas próximas das vítimas
O levantamento fala em 4,6 milhões de mulheres agredidas (batidão, empurrão ou chute) no Brasil no último ano. São 536 mulheres por hora. Para violências de qualquer tipo são 16 milhões de mulheres – ou 1.830 vítimas por hora.
O índice cresce mais quando falamos de assédio, que inclui cantadas, comentários desrespeitosos e/ou humilhação. Das entrevistadas, 37,1% afirmaram já ter vivenciado casos assim no último ano.
A relação íntima com os agressores se reflete, muitas vezes, na baixa denúncia. Menos da metade das mulheres procura algum tipo de ajuda para a violência sofrida, segundo a pesquisa.
A ideia do estudo é subsidiar o planejamento de políticas públicas efetivas para o enfrentamento da violência contra mulher. Os dados, no entanto, são sub-notificados. Muitas mulheres não denunciam, e o apoio nas delegacias ainda é precário.
Samira Bueno, diretora-executiva do FBSP, em entrevista ao Universa, afirma que as expectativas de acolhimentos mais eficientes são baixas, levando em conta que os cargos importantes no país, e como poder para alterar esse quadro, ainda são ocupados majoritariamente por homens.
Uma observação em particular chama atenção nos resultados da pesquisa: a discrepância entre os números de percepção da violência e de vitimização – ou seja, da violência que acontece de fato.