Por Luiz Costa.
Nesta semana, a Administração Central da UFSC informou que fechará os Restaurantes Universitários (RUs) dos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos e Joinville durante o recesso escolar. Segundo a reitoria, o fechamento dos RUs durante o dia 13 de julho a 4 de agosto seria devido aos bloqueios orçamentários da universidade.
A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) alegou que a economia de recursos será de R$ 300 mil com a suspensão de alimentação durante as três semanas. O Objetivo seria garantir “que os restaurantes continuem abertos pelo maior tempo possível durante o segundo semestre de 2019”, justificou a direção. Segundo a PRAE, ao menos 48% dos estudantes da UFSC utilizam os serviços de almoço e jantar nos RUs.
Para o maior campus da UFSC, em Florianópolis, a perspectiva é de manter o RU aberto mesmo no recesso.
Só no campus Trindade, o RU serve em média mais de 8 mil refeições por dia durante os semestres letivos – considerando apenas os dias úteis. Nos finais de semana a média é de 2.137 refeições por dia.
Nas universidades públicas, o RU faz parte do programa de assistência estudantil, oferecendo refeições normalmente a preço reduzido, como no campus Trindade da UFSC, onde cada refeição custa R$ 1,50 para os estudantes. Na trindade, o RU oferece almoço e jantar.
Entre as ações que visam a permanência dos estudantes na universidade, o RU é a que abrange maior parcela dos estudantes. Além de estudantes da graduação, professores e técnicos-administrativos também podem fazer uso do serviço.
Entre os programas de assistência, há também a oferta de isenção das refeições aos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica (renda per capita menor que 1,5 salário mínimo). Atualmente, cerca de 3.700 estudantes têm isenção nas refeições servidas pelo restaurante. A isenção pode ser no almoço e jantar ou apenas em uma das refeições do dia, como solicitado pelo estudante.
O UàE conversou com o chefe de gabinete do Reitor da UFSC, que detalhou as condições financeiras da UFSC para o próximo semestre e afirmou ser “impossível manter a universidade funcionando sem esses recursos que foram bloqueados”.
Contratos como os de portaria, vigilância, segurança e limpeza estão sendo renegociados para a redução de seus valores. A UFSC não abriu nenhum edital de intercâmbio para os próximos semestres e pretende restringir os recursos para transportes. Mesmo assim, a direção central não exclui a possibilidade de ter que fechar as portas dos RUs ou, ao menos, encerrar o serviço parcialmente – seja para servidores ou para parcela dos estudantes.
