A Promotoria de Direitos Humanos apresentou um recurso de extensão no qual pediu uma pulseira eletrônica para o coronel extraditado aposentado Eduardo Ferro e uma proibição de se aproximar de suas vítimas, o que o tribunal rejeitou.
Em vez disso, ela deferiu anteriormente o pedido da defesa do ex-repressor, apesar dos avisos de perigo de fuga, como fez em 2017, quando ele escapou para a Espanha após escapar várias vezes da intimação para comparecer perante o sistema judicial.
Para o promotor especial para crimes contra a humanidade, Ricardo Perciballe, há testemunhas e provas suficientes para acusar Ferro pelo assassinato sob tortura do comunista Oscar Tassino em 1977 e outras violações e desaparecimentos de prisioneiros durante a ditadura.
A diretora da Instituição Nacional de Direitos Humanos, Mariana Mota, disse ao jornal La Diaria que ‘você não encontrará neste tribunal uma sentença que cumpra as normas internacionais sobre crimes contra a humanidade’.
Ela citou como exemplo o caso do assassinato do preso Vladimir Roslik em 1984 no Batalhão de Infantaria Nove, que foi fechado em 1987 e que, quando seus parentes pediram ao tribunal para reabri-lo em 2014 com novos elementos acusatórios, ela respondeu que era res judicata e deixou os responsáveis militares impunes.
Ele também lembrou sua recusa em reabrir o caso do assassinato em um centro de detenção militar do jovem lutador Tupamaro Roberto Gomensoro, cujo corpo foi jogado em um rio, e o seqüestro e desaparecimento da nora do poeta argentino Juan Gelman.
A associação Uruguaia Mães e Parentes de Uruguaios Detidos e Desaparecidos condenou em uma declaração a última decisão do tribunal de apelação e advertiu sobre outra possível fuga do torturador.
Por sua vez, o grupo de presos políticos Crysol salientou que ao libertar Ferro, que estava em prisão preventiva, a Corte criticada mais uma vez impediu o avanço da causa da verdade e da justiça.
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