Por Juliano Zanotelli.
A artista visual Adriane Kirst abre no dia 1º de junho, a exposição Transmudar na Fundação Cultural BADESC, em Florianópolis. A abertura da mostra, totalmente inédita e que foi selecionada no Edital 2023, está marcada para as 19h. A entrada é gratuita.
Conjuntos de peças em cerâmica, sequências de fotografias e vídeos integram a mostra. Ao todo são 14 obras em exposição, e em algumas, de acordo com a artista, é possível interagir para além do olhar.
“Acabo usando as ferramentas e materiais que tenho acesso no momento do projeto. Nessa pegada do faça você mesmo, os meios são os que estão disponíveis. As cerâmicas demandam várias etapas que necessitam organização e tempo, já as fotografias e os vídeos se deram ao acaso, e foram registradas nos arredores do ateliê onde trabalho”, destaca.
Adriane conta que a pesquisa da mostra tem uns três anos e começou no período da pandemia. “As práticas e pesquisas em cerâmica, contaminaram-se com os estudos em filosofia, psicanálise e zen budismo. Contudo, alguns autores, pensamentos e conceitos já me acompanham desde o início, quando ainda cursava a graduação, nos anos 2000”, compartilha.
Transmudar
A artista explica que o nome da exposição foi a última definição do projeto. Para Adriane, essa escolha serve como aquela última peça de um quebra-cabeças, que vem para finalizar e completar o todo.
“Quando olhei para o conjunto de peças reunidos esse nome gritou. Essa palavra por si só transmite muitos significados. Transmudar vem de transmutar, metamorfosear, alterar. A exposição aborda isso, essa transformação constante da vida”, explica.
Amor pela vida
Com curadoria da própria artista, a exposição trata basicamente do amor pela vida em toda a sua completude. Seja o amor pelos bons e maus momentos, pela inconstância, pela finitude, ou ainda pela impossibilidade de parar o tempo, e também a possibilidade de transformar as coisas. A artista destaca ainda que os trabalhos falam das repetições, acidentes, reviravoltas e das diferentes perspectivas para a roda da vida que está sempre a girar.
“Espero que os trabalhos expostos sejam como dispositivos de encontros, trocas, amplificação de sentidos. Uma vez que a obra está lá, o mais instigante é o que pode ou não provocar em cada indivíduo que se propuser a interagir”, ressalta.
Primeira vez na Fundação
Natural de Ipira, no Oeste de Santa Catarina, e atualmente morando em Florianópolis, a artista se prepara para expor pela primeira vez no casarão que fica no Centro da Capital Catarinense.
“Minhas expectativas são as melhores. Expor nesse casarão histórico preservado, que além de ser uma beleza, é um espaço cultural importante, que oferece tantas atividades à comunidade de forma totalmente acessível, é muito gratificante”, completa.
A Fundação Cultural BADESC fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis. A exposição Transmudar poderá ser visitada até 20 de julho de 2023. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta, das 13h às 19h.
Sobre a artista
Adriane Kirst é artista visual, residente em Florianópolis, doutora e mestre em Artes Visuais pelo Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Fez curso de Curadoria na Central Saint Martin (University Arts London). Possui graduação em Artes Plásticas (Escultura e Cerâmica) e Artes Visuais (Licenciatura) também no CEART-UDESC. Participou de diversas exposições, individuais e coletivas. Desenvolve, desde o início do ano 2000, projetos na intercessão entre diferentes áreas e materiais, intentando acontecimentos, relações e produção de intensidades por meio da arte.
Serviço: Abertura da exposição Transmudar – Adriane Kirst
Data: 1º de junho – quinta-feira
Horário: 19h
Local: Fundação Cultural BADESC (Rua Visconde de Ouro Preto, 216 – Centro Florianópolis/SC)
Visitação até 20 de julho de 2023 – de segunda a sexta, das 13h às 19h
Entrada gratuita