Tortura, assassinato e Marco Temporal: ataque aos povos originários e falsa conciliação

Foto Gov. Fed.

Redação.

Não há conciliação possível entre a corda e o pescoço senão a morte do enforcado. A violência contra os povos indígenas aumentou com a promulgação da Lei 14701/2023, mais conhecida como Marco Temporal e a decisão tomada pelo Ministro Gilmar Mendes, no dia 22 de abril, que manteve a vigência da Lei e criou uma mesa de conciliação para tratar da matéria no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Nesse cenário, na aldeia Kakupli, interior da Terra Indígena (TI) Ibirama La Klaño, em Santa Catarina, o povo Xokleng  vêm sofrendo recorrentes atentados a tiros. No último sábado (27), foi encontrado o corpo do jovem Harriel Paliano, torturado e assassinado. 

“O debate entre os povos indígenas e seus algozes são absurdos, assimêtricos, inviáveis. Eles estão aí desde muito antes da chegada dos portugueses e outros invasores europeus, salientou a apresentadora Marina Caixeta.” 

Segundo Marciano Rodrigues, Guarani Nhandewa – Coordenador da Arpinsul,  “a relação com nosso território é física, cultural e espiritual também. É algo que não é possível negociar. Não é um produto. Não podemos negociar com fazendeiros e mineradores. Essas conversas estão fora de contexto. As outras partes não compreendem pelos interesses do agronegócio e do próprio estado que deveria garantir nossos direitos e não o faz. Ele não tem compreensão, faz o discurso mas a atuação não demonstra isso. Não sei quando a gente vai conseguir uma compreensão do estado brasileiro. Por isso morremos por esse território.”

 

Assista a entrevista completa a partir do início da mesma clicando no vídeo abaixo:

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