Tiro que matou Ágatha partiu de um PM, confirma inquérito

De acordo com o documento, houve um erro de execução por parte dos PMs, que teriam feito um ‘tiro de advertência’

Garota foi assassinada por um tiro de fuzil.

O tiro que matou a menina Ághata Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão há dois meses, partiu de um cabo da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A informação consta do inquérito da Polícia Civil sobre o caso, que deve ser enviado nesta terça-feira à Justiça.

De acordo com o documento, antecipado pelo jornal O Globo, houve um “erro de execução”: o objetivo não era atingir a criança, mas dar um “tiro de advertência” para forçar a parada de dois homens que estavam numa motocicleta.

A dupla fugiu de uma blitz dentro do complexo. Em seguida, o PM, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Fazendinha, fez o disparo. A tragédia aconteceu no dia 20 de setembro.

Um relatório do Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE), entregue à Delegacia de Homicídios da capital (DH), apontou que um fragmento de projétil encontrado no corpo de Ágatha tinha ranhuras idênticas à do cano do fuzil usado pelo PM.

O laudo mostra também que a bala atingiu primeiramente um poste. Foi um estilhaço que provocou a morte da menina, perfurando suas costas e saindo pelo tórax. A criança chegou a ser levada para a Unidade de Pronto-atendimento do Morro do Alemão, de onde foi transferida para a emergência do Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha.

O advogado da família de Ághata, Rodrigo Mondego,, quer que o autor do disparo seja indiciado por homicídio doloso.

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