“Tenho a faca no meu bolso”: Policial expõe plano de neonazistas para atacar manifestantes pró-democracia

    Por Ivan Longo.

    Um grupo de neonazistas de Porto Alegre (RS) está planejando confrontar fisicamente manifestantes pró-democracia e antifascistas que planejam atos na capital gaúcha no domingo (21).

    A denúncia é do policial civil Leonel Radde, que identificou o plano através de prints e áudios – obtidos com exclusividade pela Fórum – que foram postados em um grupo de WhatsApp.

    Na conversa, que conta com o compartilhamento de imagens que fazem alusão ao integralismo – uma versão do fascismo no Brasil -, os integrantes do grupo defendem o presidente Jair Bolsonaro e sinalizam que pretendem atacar manifestantes contrários ao presidente.

    Imagem de alusão ao integralismo postada no grupo de extremistas (Reprodução)

    “Vamos cagar eles a pau”, diz um dos membros do grupo, sendo endossado por outros com mensagens como: “Temos que reagir, se não seremos feitos de escravos pelos vermelhos”; “alguns nasceram para apanhar, outros para bater”; “chega de falar. Vamos se (sic) preparar” e “eu tenho a faca na minha mão. Antes de minha mãe chorar, vai chorar a mãe do comuna”.

    Reprodução

    Áudios enviados no grupo e obtidos por Leonel Radde também indicam uma ação violenta contra os antifascistas. “Não adianta chegar lá na hora, tomar tapa e voltar pra casa”, diz um integrante.

    Em outro áudio, um membro do grupo lista os atos pró-Bolsonaro que acontecerão no domingo em Porto Alegre e sugere analisar em qual deles os antifascistas vão estar “para ver qual é mais vantagem para nós”.

    Reprodução

    “A gente no começo acompanhou que as pessoas eram muito pacifistas aqui no grupo, de muito mimimi, que não podemos nos igualar a eles. E a gente comentava entre nós que o grupo precisava dar uma mudada de opinião pra que as pessoas começassem a entender. E agora to vendo que o grupo tá começando a dar uma cara, tão começando a entender o real significado e qual é a ideia. Se não, não adianta. Pessoal começou a entender como lidar com essas pessoas”, diz, em áudio, outro membro do grupo de extrema-direita.

    Reprodução

    Em vídeo divulgado no seu canal do YouTube, o policial Leonel Radde mostrou parte das conversas do grupo e revelou, ainda, que eles seriam apoiados por um “deputado muito bem votado na base de Bolsonaro” e que agentes de segurança pública também estariam envolvidos.

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