Sudão: Cinco anos depois, refugiados ainda fogem de conflito em Kordofan do Sul

De acordo com o ACNUR, cerca de 250 mil refugiados sudaneses fugiram para o Sudão do Sul, com os números aumentando no mês de maio. Quase 90% dos recém-chegados são mulheres e crianças; uma em cada dez crianças chega desacompanhada ou sem um integrante de sua família.

Refugiada sudanesa cozinha para seus filhos um dia depois de chegar em campo no Sudão do Sul. Foto: ACNUR/Rocco Nuri

A agência de refugiados das Nações Unidas alertou nesta sexta-feira (3) que, tragicamente, pessoas ainda estão fugindo da violência no estado de Kordofan do Sul, no Sudão, a maioria atravessando para o vizinho Sudão do Sul, como o conflito marcando seu quinto ano neste fim de semana.

De acordo com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cerca de 250 mil refugiados sudaneses fugiram para o Sudão do Sul, principalmente para Unity e Alto Nilo, desde o início da guerra nas montanhas de Nuba em 2011.

“A solução para o conflito e um fim ao sofrimento são necessários mais do que nunca, já que o Sudão do Sul é o lar de cerca de 1,69 milhão de pessoas deslocadas internamente”, disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, a repórteres em Genebra.

Até agora, em 2016, mais de 7,5 mil refugiados chegaram em Yida, no estado sul-sudanês de Unity, sendo que 3 mil apenas em maio. A área já abriga cerca de 70 mil refugiados.

Edwards observou que os recém-chegados citam os bombardeios e ataques por terra, além da falta de comida e de acesso a escolas para as crianças como razões para fugir, especialmente em torno de Um Doreein.

De acordo com os refugiados que chegaram esta semana, o conflito foi recentemente transferido para a parte nordeste do Kordofan do Sul, com algumas pessoas presas em áreas de conflito e incapazes de escapar.

Quase 90% dos recém-chegados são mulheres e crianças. Uma em cada dez crianças chega desacompanhada ou sem um integrante de sua família.

Fonte: ONU.

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