Snowden: Suécia espionou líderes russos a pedido dos EUA

“Obrigado por continuar trabalhando nos alvos da Rússia”, disse diretor da NSA a dirigentes da Inteligência sueca.

A FRA (Agência de Inteligência da Suécia) espionou líderes russos e compartilhou as informações obtidas com os EUA, trabalhando em um sistema de colaboração mútua. De acordo com novos documentos secretos vazados por Edward Snowden nesta quinta-feira (05/12), autoridades suecas também exerceram o papel de “olhos norte-americanos” na Europa.

“Além de dados da política interna, a FRA forneceu à NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) material exclusivo de espionagem da Alta Cúpula do governo russo”, comprova o documento datado de abril de 2013, citado pelo portal RT.

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De acordo com a SVT (emissora sueca de televisão), os documentos secretos também relatam encontros entre diretores da FRA e NSA. Em uma das reuniões, diz o relato, os norte-americanos “agradecem o trabalho desenvolvido contra a Rússia”. “Obrigado Suécia por continuar a trabalhar nos alvos russos. Destacamos o desempenho da FRA como um dos principais parceiros de Inteligência”, aponta o documento.

A ponta do iceberg

Ao depor nesta terça-feira (03/12) na Câmara dos Comuns do Reino Unido sobre a publicação de notícias relativas à espionagem em massa da NSA, o editor-chefe do jornal The Guardian, Alan Rusbridger, confirmou que apenas 1% das revelações contidas nos documentos do ex-analista da CIA Edward Snowden foi publicado até agora.

O editor lembrou que os documentos secretos de Snowden foram levados para quatro partes diferentes do mundo: uma ao Reino Unido, em posse do Guardian, uma aos Estados Unidos, para o Washington Post, uma à Alemanha, para a revista Der Spiegel e uma última ao Rio de Janeiro, no Brasil, para o jornalista Glenn Greenwald, anteriormente colunista do Guardian. Segundo ele, o jornal britânico tem um arquivo partilhado com o New York Times.

"Obrigado Edward Snowden"
“Obrigado Edward Snowden”

Rusbridger defendeu o posicionamento do Guardian e afirmou aos deputados que a revelação dos documentos vazados pelo ex-analista da CIA Edward Snowden havia gerado um debate global sobre o poder das agências estatais e as fraquezas das leis e da supervisão dentro das quais elas trabalham.

Foto: Agência Efe

Fonte: Opera Mundi

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