Redação.
O TRE do Paraná retomará o julgamento do pedido de cassação do ex-juiz e atual senador, Sérgio Moro (União/PR). O placar favorável até o momento desta edição, 3 x 1, contra a cassação pode já indicar uma tendência. No entanto, a decisão final ficará por conta do TSE. Sobre isso conversamos com o advogado Rodrigo Sartoti e o membro do coletivo, Lawafare Nunca Mais, Henrique Pizzolato.
Segundo Pizzolato, “o sistema de justiça do Brasil ficou partidarizado. E o que está em jogo é a justiça lavajatista que decidiu interpretar as leis segundo seus desejos e interesses. Isso vincula o atual julgamento de Moro pelas abusos eleitorais com o destino da própria justiça.”
“Há um grande projeto internacional capitalista para usar o judiciário da mesma forma que usava antes tanques e metralhas nas ditaduras.” No Paraná, a “República de Curitiva” ainda está muito forte. Até porque em todo o Cone Sul a Operação Condor continua forte e isso também está relacionado simbolicamente com esse julgamento e o que o Moro representa” agregou Henrique Pizzolato
“Há que partir do pressupusto de que não há como afastar a política do afazer judicial. Quem pensa o contrário é ingênuo ou canalha. O que está em julgamento no imaginário público não é o que aconteceu na campanha; o que está na prateleira é tudo o que ele fez, embora o que se julgue agora seja o abuso do poder econômico”, comentou o advogado Rodrigo Sartoti.
“Em Curitiba haverá um resultado favorável a Moro. Trata-se de um ilícito que não configura um crime, embora, também possa configurar improbidade administrativa, que também não é tipificado como crime. Porém, o julgamento definitivo acontecerá no Tribunal Superior Eleitoral. E ao que tudo indica ele e Jorge Seiff, senador de SC, serão cassados pelo TSE. Mas, há que esperar ainda os próximos movimentos judiciais”, afirmou Sartoti.
O Poder Judiciiário precisa ser revisto no Brasil. Ele não tem uma origem democrática. Ele tem um super poder que não emana da sociedade pois ela não o tem elegido. O juízes são eleitos até nos Estados Unidos, para citar um exemplo existente. Talvez não seja o melhor, porém, é preciso revisar as origens oligárquicas do poder judiciário brasileiro, coincidem em afirmar, Pizzolato e Sartoti.
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