Sem transporte, servidores da saúde de Joinville estão pagando para trabalhar

Foto: Divulgação

Nota à imprensa

A direção do Sindicato (Sinsej) foi chamada para intervir pelos servidores da saúde de Joinville que, desde a suspensão do transporte público na cidade no dia 9, ficaram sem alternativa para se locomoverem até seus locais de trabalho. Ainda que o decreto do prefeito não proíba as empresas de manterem as linhas da saúde, todo o serviço foi paralisado. A decisão das empresas aconteceu poucos dias após a pressão popular ter feito com que o prefeito patrão Udo Döhler retirasse de tramitação o projeto de lei ordinária nº 95/2020 que autorizava a Prefeitura de Joinville a conceder subsídio de 7,5 milhões de reais, entre julho e dezembro, às empresas privadas de transporte coletivo.

Segundo os servidores, quem mais está sofrendo com o descaso da prefeitura são os trabalhadores que recebem os menores salários. “A impressão que temos é que o prefeito acha que a saúde é feita só pelos médicos, enfermeiros. Esquece que existem copeiras, trabalhadores da rouparia, escriturários, técnicos em manutenção, enfim. Os que tem os menores salários e nenhuma alternativa de transporte a não ser o público”, afirmou Leonilda dos Santos, copeira do Hospital São José. Moradora do Adhemar Garcia, ela conta que muitas vezes é preciso pedir carona para chegar ao trabalho. “Não tem como, ganhando o que ganhamos, gastar todos os dias com Uber”, declarou.

Esta mesma situação é vivida todos os dias por Nilson Pires. Solidário aos colegas de trabalho, o copeiro conta que há quem já tenha gastado mais de R$ 600,00 desde que teve início a paralisação dos ônibus. “Meu colega precisa desembolsar em média R$24,00 por dia para vir até o Hospital. Muitos de nós está pagando para trabalhar”, nos contou Nilson relatando que, mesmo quando havia transporte para os servidores da saúde, o serviço era precário e, como o caso do colega de trabalho, não atendia a todas as comunidades.

A presidenta do Sinsej Jane Becker esteve no Hospital São José hoje (12) pela manhã dialogando com a categoria e ouvindo os relatos. Jane afirmou que eles merecem respeito, assim como a população que depende dos serviços públicos, principalmente do SUS, nesse momento de pandemia. “Precisamos de uma atitude imediata do prefeito para que estes servidores e servidoras possam ter dignidade, respeito e transporte para poder trabalhar e atender a população”. Ainda que o Sindicato venha há dias exigindo a retomada do transporte, a gestão continua desrespeitando a categoria e deixando a todos sem respostas e sem alternativas.

Juliana Claudio – Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej)

Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej)

Via: Sérgio Homrich

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