Por Dinovaldo Gilioli.
Independentemente de quem seja o próximo presidente, a população brasileira e de modo especial os trabalhadores, terão enormes dificuldades. Quem está desempregado, o de conseguir emprego (qualquer que seja); quem está empregado, o de conseguir se manter no trabalho e com os seus direitos.
O perfil ultraconservador da maioria dos eleitos no 1° turno para a Câmara dos Deputados, Senado, Assembléias Legislativas e Governos estaduais sinaliza que os interesses maiores do povo não estarão na pauta desses políticos. Com o manjado discurso de defesa da sociedade, estão comprometidos até a alma com os grupos aos quais se vinculam e de fato representam.
Sem ilusão, ganhe quem ganhar, a tarefa será árdua para a classe trabalhadora e às pessoas em geral, que deverão continuar lutando por melhores dias.
Votei no Boulos no primeiro turno, mas agora não vou dar meu voto para quem, como deputado federal, há 28 anos, votou contra o trabalhador, votou contra o povo – especialmente o mais necessitado.
Exercer, de forma consciente e respeitosa, o direito democrático de ser de esquerda, de direita ou de centro é muito relevante e contribui para decidir os rumos do país que cada um almeja, de acordo com o seu pensamento e sua forma de agir.
No entanto, votar num presidenciável que apóia a ditadura, que defende a tortura, é outra história. Anos de chumbo, de novo, nem pensar!