Por Julia Saggioratto, para Desacato.info, com fotos de Ivan César Cima.
As atividades da XXII Assembleia Geral do Conselho Indigenista Missionário seguem em Luziânia, em Goiás. Desde terça-feira, 24, missionários e missionárias, colaboradores, convidados e lideranças indígenas estão reunidos/as para compartilhar, discutir e avançar na atuação do Conselho ao lado dos povos indígenas
De acordo com Ivan César Cima, do CIMI Sul, na noite de ontem, 25, foi realizada uma feirinha de troca de sementes com o objetivo de fortalecer as sementes tradicionais, crioulas. “Fortalecer a agroecologia e as iniciativas agroecológicas dos missionários e dos povos indígenas”, comenta Ivan.
A manhã de hoje, 26, iniciou com o mantra “Nenhum passo atrás, nenhum direito a menos”, seguida de uma mesa que apresentou uma análise de conjuntura nacional e internacional, discutindo as ameaças do capital, representadas no Brasil pelo governo de Michel Temer, além do contexto eclesial, com as forças conservadoras que buscam frear as mudanças propostas pelo Papa Francisco para a Igreja Católica.
A mesa teve participação de Cléber César Buzatto, Secretário Executivo do CIMI, Maria José, ex-secretária do Conselho Pastoral de Pescadores, irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, Presidente da Confederação dos Religiosos do Brasil e Emerson Kalif Siqueira, do Ministério Público Federal de Campo Grande, MS.
Segundo Ivan Cima, nesse contexto os missionários buscar identificar sinais para a atuação do CIMI: “junto aos povos indígenas no fortalecimento do protagonismo desses povos na luta pela garantia de seus direitos territoriais contra este modelo desenvolvimentista, predador e usurpador. Na luta pelo bem viver, na defesa da casa comum”, destaca.
A segunda mesa do dia teve participação de Dom Erwin e Paulo Suess, que falaram sobre a missão do CIMI frente aos desafios atuais. Pela tarde foram discutidas as prioridades e ações estratégicas para os próximos dois anos de atuação da entidade.