Se não serve a democracia representativa que venha a Democracia Direta

Amigas e amigos leitores, companheiros da comunicação independente

Uma oportunidade se abre para o Brasil, temos que aproveitá-la. A história da Pátria Grande na tentativa de libertar-se de vez das garras dos impérios e, mais recentemente do capitalismo selvagem e depredador da vida, tem tido avanços e retrocessos. De tal dinâmica surgiram conquistas para a Classe Trabalhadora, as Mulheres, os Estudantes, os Negros, e em menor grau para os irmãos legítimos donos desta terra, os Indígenas.

O acúmulo de lutas pela independência definitiva e a obtenção da soberania dos nossos povos e nações nos ensinou diversas artes: a paciência, a tolerância, a constância,  o amor pelo companheiro de caminhada, a firmeza e a clareza atrás da utopia de Liberdade. Esse acúmulo foi regado com sangue de muitos lutadores e lutadoras, com lágrimas amorosas, com sonhos irrenunciáveis, com cárcere, com tortura, com desaparição. Também se abasteceu de conhecimento, com grandes lideranças, intelectuais, artistas, operários e operárias, indígenas e negros que somaram sabedoria e culturas em favor da libertação. Somos melhores que os conquistadores. Não é por superiores que nos derrotam, é por seu poder bélico, judicial, industrial e midiático. Mas, não será para sempre.

Culmina hoje um dia trágico para a democracia representativa do Brasil e da América Latina. Começa agora uma oportunidade de voltar à luta. De admitir nosso direito de justiça, de viver em paz.

Precisamos refletir, verificar os erros do campo progressista e popular, da esquerda em geral, além dos partidos políticos, das centrais e dos movimentos. No entanto, um fato como o de hoje, que será marcado como o dia da infâmia, do deboche dos poderosos sobre o pequeno poder democrático representativo do Povo, serve de linha de partida para construir com urgência um novo momento da história.

Apresenta-se a oportunidade de reunificar a esquerda brasileira, superando os interesses setoriais e partidários, de cara ao povo trabalhador e excluído, com honestidade de propósitos. A hora reclama uma grande Frente Popular Social e Política. Uma frente com eixos claros, que todos possamos compreender e que nos façam lutar por uma Reforma Política baseada nos interesses da nossa classe. Uma frente que chame à Resistência Popular contra o crime cometido hoje no Congresso Nacional e que exija o julgamento dos líderes desta afronta à democracia. Frente que esteja alerta ao desmonte brutal das conquistas dos trabalhadores que chegará logo, como chegou na Argentina com Maurício Macri. Frente com capacidade de articulação e convocação para ocupar as ruas e defender os direitos da população mais pobre.

Temos uma grande oportunidade de dinamizar um novo momento de luta contra os corruptos, os vendilhões, os sanguessugas da Nação. Lutar pela escolha popular do Poder Judiciário. Lutar por uma Assembléia Constituinte construída de forma direta pela população e que acabe com o sistema meramente representativo. Lutar pelo que sempre temos lutado faz 500 anos: Liberdade e Independência reais e definitivas, Soberania Nacional e o fim das classes.

A oportunidade chegou. Não podemos esperar mais, não devemos esperar mais. É na hora derrota da democracia representativa que se abre a porta da construção da Democracia Direta. A história nos demandará se perdemos esta oportunidade.

Redação do Portal Desacato

Domingo, 17 de abril de 2016 – Dia da Infâmia

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