Por Jaine Fidler Rodrigues, para Desacato.Info.
Na semana passada, cerca de 205 bilionários e milionários de vários países assinaram um documento, enviado aos líderes presentes ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, exigindo pagar mais impostos.
A iniciativa, vem de encontro aos dados divulgados pela Oxfam, qual avalia que um imposto de até 5% sobre super-ricos do mundo pode arrecadar 1,7 trilhão de dólares (878.900.000,00 de reais) por ano. O saldo, é suficiente para tirar 2 bilhões de pessoas da pobreza.
Identificados como “Os Milionários Patrióticos”, eles afirmam que o contexto atual é permeado de extremos e com “o aumento da pobreza e aumento da desigualdade; a ascensão do nacionalismo antidemocrático; o clima extremo e declínio ecológico; e profundas vulnerabilidades em nossos sistemas sociais”.
Ou seja, entende-se que estes poderosos econômicos conseguiram compreender que no mundo, se existe uma parcela da população extremamente rica e outra extremamente pobre, não há equilíbrio humano-social para ambas partes.
É claro que, a maioria desses super-ricos vive nos Estados Unidos e no Reino Unido. Entre eles estão a herdeira da Disney, Abigail Disney, e o ator Mark Ruffalo. Sendo que, nenhum super-rico brasileiro assinou a carta. Mesmo que, também na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso, afirmou que o governo nacional irá movimentar forças para ricos e super-ricos paguem mais impostos.
Transformação: consciência coletiva
Estamos vivendo um movimento astrológico de atividade fênix em prol da sociedade. Atitudes como está, marcam o início da saída do individualismo para a consciência de coletividade. Chegou a hora de compartilhar riquezas para salvar o planeta, diante de tantas discrepâncias, especialmente, financeiras. Resoluções precisam acontecer, agora. A ação destes milionários, é o dever mínimo que podem cumprir.
Finalmente, estamos alcançando uma nova mentalidade que todos vivendo no mesmo planeta, sem suas realidades entrelaçadas?
Não adianta ser podre de rico, se existe parte da população na extrema pobreza.
Liberté, égalité, fraternité
Quem sabe no tempo presente, aqui e agora, o lema da Revolução Francesa possa ser colocado em prática com maior coerência e eficácia. De fato, é essencial compreendermos que está na mão de todos, conforme as possibilidades de cada um/a, a transformação da nossa realidade mundial. E, com certeza, não estamos falando somente a partir do âmbito financeiro. .