“Retirar os paralelepípedos do centro de Florianópolis é apagar a história”

Entrevista com Gustavo de Andrade, arquiteto, Norma Bruno, historiadora e escritora, e Rodrigo Stüpp, jornalista do Guia Manezinho, realizada no JTT – A Manhã com Dignidade

O projeto da Prefeitura de Florianópolis para “revitalizar” a região leste do centro da cidade pretende substituir grande parte dos paralelepípedos por um pavimento em blocos de concreto. Além de não resolver os problemas da falta de manutenção da área, significa retirar um patrimônio histórico.

As ruas do Centro Histórico Leste, o primeiro eixo de expansão da cidade, foram pavimentadas com os paralelepípedos em 1886. No entanto, há mais de 20 anos não recebem manutenção nem melhorias. Segundo Norma Bruno, a pavimentação surge como uma solução mágica, desde a perspectiva de concertar a cidade, para um problema que foi criado pelo próprio poder público quando abandonou a área.

Sem manutenção qualquer pavimento afunda, já que o problema está no subleito e não no material. A diferença do paralelepípedo, um material nobre e durável, o paver de concreto quebra com facilidade, elevando assim o custo da sua manutenção.

A palavra revitalização se refere a um lugar sem vida e não serve para o Centro Histórico Leste, que está cercado de comercio, bares, museus, restaurantes, circuitos artísticos e ferias. A visão de revitalizar o lugar, segundo Gustavo de Andrade, se trata da ideologia de alguns que desejam mudar o público que frequenta o espaço.

Em repúdio ao projeto para o Centro Histórico Leste, circula uma petição nas redes sociais e neste sábado, dia 11 de dezembro às 10hs, manifestantes estarão nas redondezas do Museo Victor Meirelles para defender os paralelepípedos históricos da cidade.

Assista à entrevista:

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