Redação, Desacato.info.
No último sábado (4), a colunista do JTT-Manhã Com Dignidade e assessora da deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), Ingrid Sateré Mawé, vivenciou consequência da negação da diversidade brasileira. A negação dos povos indígenas e afro-descendentes que resulta em, racismo. No município de Ouro Preto, Ingrid acompanhava Célia em agenda política, quando ao adentrar um restaurante começaram ouvir alguns comentários e ao se sentar, ouviram em tom de deboche “olha, como os índios de hoje estão”.
Ingrid conta, que a deputada se levantou e disse: “os indígenas de hoje, são até deputados”. E a resposta foi: “aé, parabéns?”
Conscientes em não se submeter a situação, iriam sair, mas foram convencidos pela dona do estabelecimento que acolheu o trio. Uma nova mesa foi cedida e a Polícia Militar foi chamada para garantir a segurança e a denúncia do caso. Principalmente porque, segundo Ingrid:
“Quando este tipo de crime acontece, não é apenas um crime voltado apenas a Célia ou a Ingrid, é um crime voltado à todos os povos indígenas, à um coletivo. Então, nós não vamos nos calar de forma alguma ao crime de racismo”
Neste contexto, a colunista também ressalta a importância do conhecimento em relação a Lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, qual equipara a injúria racial e racismo, porque durante o registro do Boletim de Ocorrência, teve que haver insistência para registrar a ocorrência como racismo.
Ingrid, também não se esquece de ressaltar a história do município de Ouro Preto. A construção foi com mãos escravas por volta de 1698. Ou seja, existe uma carga energética que não se apaga que sim, reflete em comportamentos como este presenciado por elas. No entanto, ela destaca que, em geral, foram bem recebidas por outras representações da cidade.
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