Quase 1.000 palestinos ameaçados de despejo em Jerusalém ocupada

Idosa despejada por forças de ocupação de Israel. Foto: Silwanic

Ramala, 20 fev (Prensa Latina).= Cerca de 220 famílias palestinas, umas 970 pessoas, estão hoje ameaçadas de despejo de suas casas em Jerusalém Oriental pelas autoridades israelenses, disse uma agência da ONU.

O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) disse em uma declaração que a maioria deles vive nos bairros de Jerusalém do Xeque Jarrah e Silwan.

Como exemplo, citou o caso da família Salem de 12 membros, seis deles crianças, que terão que deixar sua casa de sete décadas no próximo mês, sob uma ordem das forças de ocupação.

O anúncio do despejo planejado aumentou as tensões no bairro de Jerusalém, com confrontos entre residentes palestinos e colonos israelenses apoiados pelas forças de segurança israelenses, disse OCHA.

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A instituição informou que esses confrontos resultaram em danos materiais, ferimentos múltiplos e prisões.

A família Salem e seus vizinhos foram visados com spray de pimenta e pedras, disse ela.

OCHA lembrou que a ONU “apelou repetidamente para a suspensão de despejos forçados e demolições na Cisjordânia ocupada, inclusive em Jerusalém Oriental”.

Também criticou as relocalizações forçadas de pessoas pelo poder ocupante, lembrando que isso é proibido pelo direito internacional.

O Sheikh Jarrah ganhou notoriedade internacional pelas enormes manifestações do ano passado, quando os tribunais israelenses retomaram as ordens de confisco das casas de quatro famílias que lá vivem há gerações.

A batalha jurídica e política sobre o caso tornou-se simbólica sobre o futuro daquela parte da cidade, que os palestinos reivindicam como a capital de seu futuro Estado, uma posição apoiada pela maioria dos países.

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