PSOL processa Bolsonaro e Wajngarten por homenagem a torturador em anúncio oficial

Major Curió conduziu guerrilheiros do Araguaia a centros clandestinos de tortura, onde foram executados e desapareceram

O PSOL ingressou com ação na Justiça Federal do Distrito Federal (DF) contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) e o secretário de comunicação, Fabio Wajngarten. O motivo foi a publicação em um perfil oficial do governo, a secretaria de Comunicação, uma homenagem ao tenente-coronel reformado do Exército, Sebastião Curió Rodrigues de Moura.

Conhecido como Major Curió, o militar já foi denunciado seis vezes pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes durante a ditadura militar.

O partido pede a retirada da postagem do ar e fala em desvio de finalidade no uso do perfil estatal.

Curió foi recebido por Bolsonaro na última segunda-feira (4), fora de sua agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto.

O major foi um dos principais responsáveis pelos assassinatos e sequestros de guerrilheiros de esquerda na região do Araguaia, nos anos 70. Em entrevistas, o militar reconheceu e apresentou documentos que indicaram a execução de 41 militantes quando eles já estavam presos e sem condições de reação.

A Comissão Nacional da Verdade incluiu Curió em seu relatório final, em 2014, como um dos 377 agentes do país que praticaram crimes contra os direitos humanos. De acordo com a comissão, o militar “esteve vinculado ao Centro de Informacões do Exército (CIE), serviu na região do Araguaia, onde esteve no comando de operações em que guerrilheiros do Araguaia foram capturados, conduzidos a centros clandestinos de tortura, executados e desapareceram”.

Com informações do Painel, da Folha

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