O PSOL ingressou com ação na Justiça Federal do Distrito Federal (DF) contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) e o secretário de comunicação, Fabio Wajngarten. O motivo foi a publicação em um perfil oficial do governo, a secretaria de Comunicação, uma homenagem ao tenente-coronel reformado do Exército, Sebastião Curió Rodrigues de Moura.
Conhecido como Major Curió, o militar já foi denunciado seis vezes pelo Ministério Público Federal (MPF) por crimes durante a ditadura militar.
O partido pede a retirada da postagem do ar e fala em desvio de finalidade no uso do perfil estatal.
A Guerrilha do Araguaia tentou tomar o Brasil via luta armada. A dedicação deste e de outros heróis ajudou a livrar o país de um dos maiores flagelos da História da Humanidade: o totalitarismo socialista, responsável pela morte de aprox. 100 MILHÕES de pessoas em todo o mundo. pic.twitter.com/pt7QIcmePr
— SecomVc (@secomvc) May 5, 2020
Curió foi recebido por Bolsonaro na última segunda-feira (4), fora de sua agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto.
O major foi um dos principais responsáveis pelos assassinatos e sequestros de guerrilheiros de esquerda na região do Araguaia, nos anos 70. Em entrevistas, o militar reconheceu e apresentou documentos que indicaram a execução de 41 militantes quando eles já estavam presos e sem condições de reação.
A Comissão Nacional da Verdade incluiu Curió em seu relatório final, em 2014, como um dos 377 agentes do país que praticaram crimes contra os direitos humanos. De acordo com a comissão, o militar “esteve vinculado ao Centro de Informacões do Exército (CIE), serviu na região do Araguaia, onde esteve no comando de operações em que guerrilheiros do Araguaia foram capturados, conduzidos a centros clandestinos de tortura, executados e desapareceram”.
Com informações do Painel, da Folha