Projeto digital de escrita dramatúrgica cria texto inédito e colaborativo

Cinco dramaturgos negros escreverão durante um mês obra aos olhos do público

Imagem: Reprodução

Isolados durante a quarentena, cinco dramaturgos negros brasileiros irão criar, de forma colaborativa, via internet, um texto inédito para teatro. A escrita coletiva ainda contará com outra especificidade: o fato de poder ser acompanhada em tempo real por qualquer pessoa. Essa é a proposta da Sala de Dramaturgia Virtual Brasil, uma parceria do Goethe Institut com a plataforma Melanina Digital, inspirada em uma iniciativa da dramaturga alemã Anne Rave.

A ação será conduzida por Aldri Anunciação (BA), que também responde pela curadoria do projeto, ao lado dos convidados Diego Araúja (BA), Jhonny Salaberg (SP), Maria Shu (BA/SP) e Mônica Santana (BA). Juntos, eles irão se perguntar e tentar responder quais temas, poéticas e estéticas irão marcar a obra, nascida em meio à pandemia global do coronavírus.

A Sala de Dramaturgia Virtual Brasil será iniciada no dia 8 de abril, às 19h, com uma videoconferência pública, na qual os cinco autores debaterão possíveis temáticas, argumentos e motes para o texto, além das regras que nortearão o trabalho. O público participa ao vivo desta conversa através de chat acessível pelo Facebook do Goethe-Institut Salvador: facebook/goethe.bahia.

Tomadas estas decisões, o grupo vai trabalhar online até o dia 9 de maio, em um arquivo digital já disponível em saladedramaturgia, tornando possível assistir à escrita da peça enquanto ela ocorre.

A ideia é viabilizar, nesta temporada da quarentena tão impactante para o setor cultural, uma oportunidade de produção artística que também se conforma como método de partilha de práticas e saberes, gerando um produto concreto e representativo das dramaturgias negras contemporâneas brasileiras.

Os cinco dramaturgos, além de terem dias fixos para produzirem em cima do material – Aldri Anunciação, às quintas pela manhã; Diego Araúja, às sextas à noite; Jhonny Salaberg, segundas e sextas; Maria Shu, às terças; e Mônica Santana, às quartas pela manhã –, poderão entrar a qualquer tempo no documento, escrever ou editar trechos escritos por outros, acompanhados das testemunhas que o estiverem acessando. Finalizado o processo, em uma nova videoconferência no próprio dia 9 de maio, às 19h, os autores irão realizar uma leitura pública do texto, seguida de bate-papo sobre sua criação.

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