A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) aprovou no 33º congresso da entidade, realizado de 12 a 15 de janeiro, a deflagração de uma greve nacional da educação a partir do dia 15 de março. Os eixos centrais da greve serão a oposição à proposta de Reforma da Previdência, encaminhada pelo governo de Michel Temer ao Congresso Nacional (PEC 287/16), e o cumprimento integral do Piso nacional do magistério. Os comandos estaduais e municipais de mobilização poderão agregar outras pautas à paralisação, de acordo com as realidades locais.
O congresso da CNTE, realizado em Brasília, considerou inevitável a deflagração de uma greve nacional em função dos desdobramentos do que definiu como “golpe jurídico-parlamentar e midiático” no Brasil. Esse golpe, na avaliação da confederação, afronta o Estado Democrático de Direito previsto na Constituição, substitui as políticas de distribuição de renda por políticas de privatização e terceirização, e engessa o Estado brasileiro, por meio do congelamento dos investimentos por vinte anos, impedindo-o de promover o crescimento econômico. Além disso, criticou ainda a confederação, pretende impor uma Reforma da Previdência que “castigará a classe trabalhadora e os mais pobres do país, especificamente na educação as mulheres, patrocinando o desmonte da previdência pública e promovendo os fundos privados”.
Ainda segundo a CNTE, a greve nacional da educação também pretende fortalecer a construção da greve geral da classe trabalhadora, que deve ser convocada pelas centrais sindicais este ano. O congresso da confederação definiu o seguinte calendário para a greve nacional da educação:
8 de março (Dia Internacional da Mulher) – Realização de assembleias gerais nos sindicatos locais, com atos e passeatas para deliberar sobre o início da greve em cada uma das redes de ensino do país.
14 de março – Mobilização de preparação da Greve Nacional da Educação.
15 de março – Indicativo para o início da Greve Nacional da Educação.
25 de março – Reunião da Coordenação Nacional da Greve Nacional.
27 a 31 de março – Período para as entidades filiadas à CNTE e entidades parceiras realizarem avaliações do movimento paredista.
CPERS fará assembleia geral dia 8 de março
O Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS Sindicato) realizará, dia 8 de março, uma assembleia geral com indicativo de greve. Na avaliação do CPERS, o alinhamento dos governos Temer e Sartori está se traduzindo em propostas de privatização, desmonte dos serviços públicos e retirada de direitos sociais e trabalhistas. O Conselho Geral do CPERS também definiu um calendário de mobilização para o mês de março:
2 e 3 de março – Visitação às escolas
2 a 6 de março – Realização de assembleias regionais
6 e 7 de março – Debate nas escolas sobre os ataques aos direitos dos trabalhadores, construção de Comitês Regionais de Resistência e realização de aulas cidadãs com as comunidades.
8 de março – Assembleia geral do CPERS.
Fonte: Sul 21