Primavera Kaingang

Sirli Freitas lança seu primeiro filme e narra a retomada da Terra Indígena Toldo Chimbangue

Foto: Sirli Freitas

Por Camila Almeida/Girassol Cultural. 

Acontece nesta sexta-feira, às 19 horas, na Escola Indígena Fennó no Toldo Chimbangue, o lançamento do curta-metragem documental “Primavera Kaingang”. O filme, que traz a direção da fotojornalista Sirli Freitas surge a partir dos atravessamentos dentro da sua pesquisa autoral, sobre temática e a história dos povos indígenas na região.

“Eu acredito que é muito importante nós usarmos o nosso campo técnico de atuação para dar voz a diferentes pautas, socialmente e culturalmente invisibilizadas. É isso que eu e a equipe do ‘Primavera Kaingang’, tenta fazer: Mostrar e contar, a história não contada, dos povos originários aqui na região
oeste de Santa Catarina”, explica Sirli.

Foto: Sirli Freitas

A produção buscou documentar, através das memórias dos moradores da
comunidade do Toldo Chimbangue, em Chapecó, uma história de luta e
resistência sobre o povo Kaingang, e os atravessamentos dessa história
dentro da pesquisa autoral da diretora. Ao todo foram 2 anos de pesquisa e
aprofundamento no tema, entrevistas e imagens para encontrar o processo, a
linguagem e os mecanismos para o fazer documental.

Foto: Sirli Freitas

“Esse filme é uma busca, enquanto profissional, em como documentar e entender essa história de uma forma honesta, trazendo o ponto de vista das
pessoas entrevistadas. Esse foi um processo lindo e doloroso, é meu primeiro curta, minha primeira inserção no cinema e foi como parir um filho, tanto pelo aprendizado que as temáticas indígenas me trazem, quanto pela intensidade do mergulho nessa arte e nessas histórias. Fui buscando nas memórias da comunidade os registros e as lembranças sobre a história da retomada do Toldo Chimbangue, e esperamos, desde o início, contar com veracidade essa história de luta e resistência”, pontua a diretora.

Contemplado pelo Edital de Fomento e Circulação das Linguagens Artísticas de Chapecó, o filme tem duração de 14 minutos e usa os recursos de fotografias, vídeos, pesquisa,  registros históricos e narração em primeira pessoa. Também compõe o trabalho entrevistas com os indígenas Vanisse Domingos, Adroaldo Fidelis, Nadir Vergeiro, José Fernandes, Paulo Márcio Pinheiro e Idalino Fernandes. Após a exibição, haverá um bate-papo entre a
equipe e integrantes da comunidade.

Foto: Sirli Freitas

Além da direção e fotografia de Sirli Freitas, quem assina o roteiro é Jandir Santin, a montagem é de Jivago Del Rigo, pesquisa de Adroaldo Fidelis, emotion de Eduardo Boufleuer Florêncio, making off de Pedro Arthur de Freitas.

2 COMENTÁRIOS

  1. Que curta importante e lindíssima!
    Está disponível ao público via online?
    Sou da região Oeste mas moro na Nova Zelândia, não pude comparecer em pessoa

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