Primavera iraniana: entendimentos a partir de contextualização histórica

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No último final de semana no Irã, foi realizada mais uma manifestação da primavera iraniana. Para falar sobre o tema, o colunista Juliano Thomaz entrevistou a iraniana brasileira, internacionalista e redatora da Agência O Observatório, Alice Gashti. 

Alice contextualiza que a insatisfação popular iraniana inicia a partir do governo de Mohammad Reza Pahlevi, que assumiu o poder em 1960. Durante seu governo ele implantou a Reforma Agrária, deu liberdade para às mulheres, deu ênfase a diversidade de gênero e sexual. Consequentemente, arrumou brigas com opositores, chamados Mulás, que buscavam intervir em sua atuação. Segundo a internacionalista, um dos erros foi ter comprado a briga com os Mulás. Houve também a nacionalização da indústria petrolífera no país e um consórcio de 20 anos com a Grã-Bretanha. Posteriormente, a inflação teve super aumento, o que culmina na sua queda em 1979 e alimenta a revolução islâmica.

Hoje, de acordo com Alice, o Irã vive de fato um regime ditatorial. Entre as ações ditatoriais e desumanas está o que chamamos de excludente de ilicitude: se uma mulher é presa, ela pode ser estuprada e não há problema nenhum. Não é crime. 

O governo controla todos os meios de comunicação. Para utilizar internet o cidadão ou cidadã compra VPN (Rede privada virtual), assim, consegue acessar canais internacionais, cria suas próprias plataformas que denunciam o que acontece no país. Mesmo a VPN possibilitando o acesso às mídias como Instagram e Facebook, há riscos de o governo espionar e também prender pessoas que manifestam-se contra o governo e fazem denúncias ao exterior, por exemplo. Isso faz com que a maioria da parcela carcerária seja política.

Para entender estes e demais aspectos a respeito da primavera iraniana, acesse à coluna completa em:

Direito à saúde em Rio Vermelho está sendo negado!

 

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