Capital financeiro na Berlinda
O inquérito corre em segredo de Justiça e foi remetido ao Ministério Público Federal. A Zelotes é a operação da PF que apura a manipulação em julgamentos do Carf – Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, em que grandes contribuintes pagariam propina para reverter as decisões desfavoráveis a eles.
No começo da Operação, foram identificados 74 procesos no Carf que mereciam uma análise mais acurada por suspeita de pagamento de propina, sendo que 12 carregavam fortes indícios de corrupção. O Bradesco é parte de um desses processos.
O MPF vai, então, avaliar o material para poder decidir se é preciso novas diligências. Depois decidirá se oferece denúncia, ou não, contra os acusados, que podem ser tods, alguns ou mesmo pedir a inclusão de novas pessoas em eventual denúncia.
Com o indiciamento, as ações do Bradesco lideraram as perdas do Ibovespa e o papel Bradesco PN fechou em queda de 5% e Bradesco ON caiu 3,36%.
Em nota, o Bradesco negou qualquer participação ou negócio com o grupo investigado pela PF na Operação Zelotes. Ainda em nota, o banco informou que Trabuco não fez parte de nenhuma reunião com tal grupo acusado de cobrar propina e que foi derrotado por seis votos a zero no julgamento do caso em questão.
O mérito diz respeito a uma ação vencida pelo Bradesco na Justiça, no questionamento da cobrança adicional do PIS/Cofins. A ação foi tema do recurso feito pela Procuradoria da Fazenda no Carf, segundo a nota do banco. E diz ainda que irá apresentar seus argumentos juridicamente por meio de seus advogados.
Quando o caso apareceu, no ano pasado, o Bradesco informou que os consultores do grupo citado na acusação foram recebidos pelo vice-presidente do banco, Domingos Abreu, e também pelo diretor-executivo, Luiz Carlos Angelotti, mas os serviços não foram acatados.
Fonte: Jornal GGN