Prefeito de Joinville quer retirar direitos de servidores durante pandemia

Sindicato chama categoria à mobilização contra PLC 03/2020 e congelamento nos salários

Udo Döhler, prefeito de Joinville (Foto: Jacksson Zanco / Divulgação)

Em meio à pandemia da Covid 19, quando Joinville passa oficialmente de 173 casos confirmados e quatro mortes causadas pela doença, o prefeito Udo Döhler segue a política do governo Bolsonaro: quer transformar o servidor público no vilão da história. Além de ameaçar congelar os salários da categoria, medida que também está em pauta no Congresso Nacional, Udo está pressionando agora os vereadores a darem continuidade à tramitação do PLC 03/2020, que aumenta a alíquota de contribuição dos servidores para o Ipreville (Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Joinville) de 11 para 14%. Ele alega, injustamente, o cumprimento da Emenda Constitucional 103/2019, da reforma da Previdência, e a pretensão de economia aos cofres públicos no pagamento da dívida da Prefeitura com o Instituto, superior a 800 milhões de reais.

Suspensão da greve

No dia 2 de março, os servidores de Joinville decidiram suspender a greve iniciada dia 18 de fevereiro porque a tramitação do PLC foi paralisada na Câmara até que sejam realizados uma audiência pública sobre o tema e um debate amplo com a categoria. Durante prestação de contas do Ipreville no Legislativo municipal, dia 27 de fevereiro, o auditor Luiz Carlos Kogut afirmou que não há déficit atuarial que justifique o aumento da alíquota. O pagamento do déficit já está negociado com a Prefeitura, porém o prefeito quer colocar a dívida na conta dos servidores que contribuem diretamente com seus salários, todo o mês, e não são responsáveis pela má gestão do dinheiro público.

Neste momento de crise, em que o país, o estado e o município mais precisam dos servidores e de serviços públicos de qualidade, os governos preferem atacar os direitos desses profissionais que estão na linha de frente ou mesmo em suas casas cumprindo os trabalhos essenciais para a população. Essa mesma população que também está sofrendo as consequências graves do congelamento dos investimentos em serviços públicos, legalizado por meio da Emenda Constitucional 95/2016.

A diretoria do Sinsej repudia mais essa ação do prefeito e está convocando a categoria a acompanhar as sessões da Câmara, fiscalizar as decisões tomadas no legislativo e a entrar em contato com todos os parlamentares, cobrando que não votem o projeto. Se decidirem votar, a conta pode vir nas eleições.

Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região

Jornalistas:
Juliana Claudio (MTB/SC 2789 – JP) Tel.: 47 99131-3139

Silvia Agostini Pereira (MTB/SC 3890 – JP) Tel.: 48 99664-1300

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