Poema que seria lido na exposição antirracista censurada pelo Shopping Iguatemi

     

    PERTENCIMENTO

    Tu me notas
    Tu não me vês

    E ao me notar
    Tu me reparas
    Tu me julgas

    Reparas minhas vestes me medindo com teu olhar e te questionas se ali é meu lugar

    Mesmo que minha presença te incomode não desisto de caminhar

    Estou em todos os lugares

    Aprendi a não desistir
    Aprendi a EXISTIR

    Ocupo todos os lugares Sem passar por cima de ninguém

    A meta é chegar
    Tu me vês agora?

    Eu tô chegando lá

    Te ensinaram que meu lugar era
    Na parte mais baixa da pirâmide social

    Acreditas AINDA que este é meu lugar?

    Meu lugar é onde eu quero estar
    E como eu quero estar

    Pertenço a todos os espaços

    Meu alicerce é a memória de meus ancestrais
    É a união de forças entre mulheres atuais

    Contempla…

    Agora que
    me enxergas
    Agora que
    me vês

    Fica.
    Não te apresses.
    É um convite.
    E tu já o aceitaste
    Ao parar
    E ler meu olhar.

    APRESENTAÇÃO:
    Gislene V. Santos
    @entrelinhas_e_papos

    REVISORES:
    Maria Tereza Piacentini
    e João Nilson Alencar

    PINTURAS:
    Bruno Barbi
    @artedobrunobarbi

     

    Leia mais: Exposição anti-racista é censurada pelo Shopping Iguatemi

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