Poema de Dinovaldo Gilioli, no Letras e Sentidos com Claudia Weinman.
Ontem choveu muito no interior do estado, a gravação precisou ser adaptada nos espaços onde se é possível fazer, em isolamento social e proteção.
Pele das folhas
quando chove
olho a pele das folhas
os pingos lembram
centelhas de fogo
quando chove
ouço o canto colibri
seus movimentos suaves
movem montanhas
quando chove
rolinha encharca palavra
sobre o piso de pregos
reinventa o ninho
quando chove
cheiro de plantas inebriam
me apaixono
pela mulher natureza
quando chove
o tempo passa mais devagar
meu olhar se aguça
o peito se debruça na varanda
quando chove
penso na humanidade
nas famílias sem tetos
nas crianças nas calçadas
quando chove
vejo os desempregados
os sem terra pra plantar
os sem comida pra comer
os sem dignidade pra viver
quando chove
quando chove
Os dias andam áridos
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