Nascida em entranhas profundas
Em meio à sanguinolência de fiapos sensíveis
Na quentura explosiva de uma ideia
Ao marejar das sinapses que clamam à vida
Emerge ao mundo
Sofrida
Sofrida de um sofrimento que dói por saber que não sabe
E quando sabe reaprende
E se reaprende cria sob olhares alheios
Com “prétextos” que não são seus
E sob vozes de um tom que manda
Cobra e
Estribilha
Aprende
Compartilha em latência
E sob o tempo de um segredo só
Transgride em ciência as coisas da vida
Transgride em silêncio as coisas da solidão
Transgride em tempo de virar texto
Cálculo
Imagem
Dados ínfimos
Íntimos então de uma gente que vive a pesquisa
Morre e pesquisa
Morre
Pesquisa
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