Pazuello já está sob investigação da PF por omissão na crise de Manaus

    A investigação do PF sobre o ministro general Eduardo Pazuello apura omissão na crise sanitária do estado do Amazonas

    Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

    Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal poderá ter acesso aos e-mails institucionais trocados entre o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro e a Secretaria de Saúde do Amazonas. A investigação do PF sobre o ministro general Eduardo Pazuello apura omissão na crise sanitária do estado do Amazonas. Lewandowski acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou a PF a realizar diligências, como colher depoimentos de representantes da empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de cilindros de oxigênio para o estado.

    A Polícia Federal poderá, ainda, ter acesso o que foi tratado a respeito do transporte de oxigênio para Manaus e a remoção de pacientes para hospitais universitários federais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). As informações são da Folha de S.Paulo. Centenas de doentes morreram asfixiados devido à falta de cilindros de oxigênio medicinal no Amazonas.

    Cloroquina sob investigação

    A investigação da PF também poderá identificar e ouvir os responsáveis pelo desenvolvimento do aplicativo TrateCOV. Por meio dessa ferramenta, o Ministério da Saúde orientava o tratamento precoce contra a covid-19, por exemplo, com a hidroxicloroquina. Não há evidências científicas da eficácia desses medicamentos no tratamento da a doença causada pelo novo coronavírus.

    Assim, a investigação da PF sobre Pazuello está autorizada a analisar os gastos com a compra e distribuição da cloroquina no estado. Os investigadores poderão ouvir funcionários do Ministério da Saúde e das secretarias da Saúde do Amazonas e de Manaus serão ser ouvidos, inclusive os que tenham sido exonerados.

    Pazuello é investigado desde 25 de janeiro, quando a abertura desse inquérito foi autorizada por Lewandowski. O ministro da Saúde de Bolsonaro já depôs à Polícia Federal no último dia 4. O conteúdo completo das declarações não foi divulgado. Em nota, a assessoria informou que Pazuello detalhou as “ações realizadas e as que estão em andamento no Amazonas para atender a população e combater a covid-19”.

    No último dia 12, o Tribunal de Contas da União (TCU) também deu prazo de 15 dias para o Exército e o ministro da Saúde prestarem esclarecimentos sobre a fabricação e distribuição de comprimidos de cloroquina a estados e municípios.

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