Uma novidade que precedeu a reunião foi o conhecimento do “inteiro teor” da contraproposta patronal de jornais e revistas, encaminhada por escrito ao SJSC no final da tarde de segunda-feira (19). “Ela é ainda pior do que foi antecipado na semana passada”, considera o presidente do SJSC, Aderbal Filho. “Além de arrocho salarial de metade da inflação, propuseram um reajuste fixo de R$ 68 pra quem ganha mais de R$ 3.465 e ainda querem enfraquecer a organização sindical dos jornalistas. Isto é inaceitável”, critica.
Nesta quarta-feira, os representantes dos jornalistas informaram que não foi possível fazer uma análise completa das propostas, mas que era necessária uma definição “conceitual” para a negociação evoluir. Nela é preciso ficar claro que o exercício das funções jornalísticas independe de qualquer plataforma, impressa, digital, ou eletrônica. E isso deve se explicitar na definição do reajuste e piso salarial da categoria. Daí em diante pode-se partir para as especificidades de cada segmento.
Este debate evidenciou uma divergência entre os dois sindicatos patronais. O de jornais e revistas deixou clara sua concordância com este conceito, mas o de Rádio e TV não. Por isso os negociadores do SJSC pediram que as direções das duas entidades patronais aprofundem este debate para que a negociação possa avançar.
A próxima rodada de negociação ficou agendada para o dia 5 de julho.
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Fonte: SJSC.