Tia Maria do Jongo era uma referência extrema da cultura negra na cidade do Rio de Janeiro e no Brasil. Fundadora do Império Serrano, junto com a sua família, foi uma das precursoras no ensino a difusão do jongo no Rio e no Brasil.
Faleceu na manhã de sábado(18/05) Tia Maria do Jongo da Serrinha, aos 98 anos. Maria de Lourdes Mendes, seu nome de nascimento, era uma das moradoras mais ilustres da favela e levava em sua alcunha a responsabilidade de quem por muito tempo foi uma das principais articuladoras e ensinadores do ensino de Jongo no Rio de Janeiro.
Tia Maria era neta e filha de negro escravizados e era responsável por manter viva a cultura trazida a cidade por escravos bantos, no século XIX. Essa cultura teve grande influência na criação do samba.
O JONGO
Assim como o samba e quase tudo que remete a cultura negra no Brasil é parte da resistência e sobrevivência da cultura negra, sobrevivendo aos muitos anos do processo de escravidão e açoite da povo preto no Brasil. Se originou na costa leste africana, entre o que é conhecido hoje como Congo e Angola e foi trazido pro Brasil por escravizados da nação Bantu.
Em tempos de avanço do conservadorismo e do ultrareacionarismo, com Bolsonaro e Witzel como seus maiores expoentes no Rio de Janeiro, que sempre carregam o racismo como marca é importante relembrarmos exemplos como o da Tia Maria para que não esqueçamos que os negros no Brasil sempre foram parte da resistência e da luta.
Tia Maria deixou 1 filho, 2 netos e 4 bisnetos.