Palestina. Origens do Conflito 2

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O papel do Reino Unido

Por Tali Feld Gleiser.

“é bom que se saiba desde agora
que não haverá possibilidade de remar noturnamente
até outra margem que não seja a nossa
já que será abolida para sempre
a liberdade de preferir o injusto
e só nesse aspecto
seremos mais sectários que deus pai”

M. Benedetti

O movimento sionista teria enfrentado mais dificuldades para aplicar seus planos sem a ajuda do Império britânico.  Antes da chegada dos britânicos à Palestina, este território esteve dominado pelo Império otomano, que se estendeu desde o ano 1299 até a sua queda na década de 1920. Os otomanos e as nações aliadas da Primeira Guerra Mundial (com exceção da URSS e os EUA) assinaram o Tratado de Sévres, no qual o território do Império otomano, que se espalhou por três continentes, foi restringido a Istambul e o Ásia Menor. A Síria, o Líbano e Alexandreta (cidade de ?skenderun na atual Turquia) foram adjudicados à França. A Grã Bretanha recebeu Mosul (cidade no atual Iraque), a Transjordânia e a Palestina com o objetivo de  «assegurar o estabelecimento do lar nacional judeu» e «a salvaguarda dos direitos civis e religiosos de todos os habitantes deste território». Esta partilha teve seu antecedente num acordo secreto entre a França e a Grã Bretanha em 1916 chamado de Tratado Sykes-Picot.

Em 1917, Lord Balfour, Ministro das Relações Exteriores, também prometeu um lar nacional judeu na Palestina (1).

Na década de 1930, o movimento sionista ganhou o apoio de um oficial britânico chamado Charles Orde Wingate, um cristão que pensava que era su dever religioso ajudar a que a comunidade judaica estabelecesse seu lar na Palestina. Convenceu os líderes sionistas de que o conceito de estado judeu devia estar estreitamente ligado com o militarismo e a estruturação de um exército que protegesse as colônias judias e que, ao mesmo tempo, dissuadisse a resistência palestina. Wingate transformou a organização paramilitar judia, Haganá (defesa em hebraico), que passou a ser o braço armado da Agencia Judia (órgão de governo sionista na Palestina).

Uma das táticas do movimento sionista para se estabelecer na Palestina foi a aquisição de terras. Terratenentes as vendiam aos sionistas pelo que os camponeses árabes começaram a ser despojados de suas propriedades. Apesar de que a imigração judia tinha sido limitada, aumentava a quantidade de pessoas que chegavam da Europa legal e clandestinamente, fugindo da perseguição nazista. A população árabe começou a temer  que a Palestina virasse um estado judeu  e fizeram tudo o possível para impedir que isto se concretizasse. Houve duas revoltas árabes: uma em  1929 e a outra em 1936-39. Os sionistas aproveitaram para aprender com os britânicos como era ocupar aldeias palestinas e a manipulação de armas. Os membros da Haganá também tiveram treinamento bélico quando participaram como voluntários no exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Quando os britânicos restringiram um pouco o apoio aos sionistas para atender algumas demandas palestinas, se produziu uma onda de atentados terroristas sionistas contra árabes e ingleses.

Em 1939, o chamado Livro Branco de Mac Donald determinava o futuro do Mandato Britânico da Palestina através de três temas:

1. O futuro político do Mandato: o Governo britânico procuraria estabelecer um governo conjunto de árabes e judeus no governo, aproximadamente em proporção a suas respectivas populações, com a intenção de que em dez anos se pudesse criar um Estado bi-nacional. Os interesses de ambos ficariam garantidos.

2. A imigração: a imigração judia à Palestina ficaria limitada a um máximo global de 75.000 pessoas nos cinco anos seguintes, de modo que a população judia supusesse um terço da população total. Após o período de cinco anos, não se permitiria mais imigração judia a menos que os árabes da Palestina estivessem dispostos a aceitá-lo.

3. Sobre as terras: se proibiria ou restringiria aos judeus a compra de novas terras, como consequência do crescimento natural da população árabe e da manutenção do nível de vida dos camponeses árabes, respectivamente (2).

A comunidade judia se opôs e acusou os britânicos de traição e deslealdade, além de cumplicidade com a perseguição nazista e de proibir a suas vítimas encontrar refúgio por causa da sua dura política anti-imigratória. As sabotagens sionistas se intensificaram. Londres renunciou à sua intenção de achar uma solução ao conflito que se tornava iminente e lavou as mãos. Em fevereiro de 1947 transferiu a questão Palestina para as Nações Unidas. Este organismo sugeriria a partição da Palestina (Resolução 181), que, como tantas outras,  jamais  seria cumprida pelo  governo de Israel.

O Mandato britânico tinha se tornado muito impopular no seu país e começava a sofrer diferentes pressões. Após a Segunda Guerra Mundial, a Grã Bretanha precisava se reconstruir e lhe resultava custoso demais manter cem mil soldados na Palestina. Por sua vez, o partido trabalhista tinha prometido na sua campanha permitir a migração judia irrestrita. A causa sionista começava a ser adotada pelos Estados Unidos, cujo Congresso retrasou os empréstimos solicitados por Londres.  Portanto, em 1948, o Reino Unido decide se retirar da Palestina.

Hoje em dia, salvo algum que outro fraco e hipócrita protesto, o governo de Downing Street continua sendo aliado da política israelense-usamericana. Isto se pode comprovar, também, através da representação judaica na Câmera dos Comuns. A população judaica do Reino Unido é de 280.000 pessoas, o que representa 0,46% da população do país. Possuem 24 cadeiras, das quais  12 são conservadores, 10 trabalhistas e dois democratas liberais. Os judeus estão representados oito vezes a mais do que lhes corresponde pelo critério de proporcionalidade, que se fosse respeitado, lhe  corresponderiam 3 cadeiras (3).

Britânicos a contracorrente

A diferença da classe dirigente que apoia as políticas do governo sionista, há instituições e pessoas solidárias e preocupadas  com que a justiça se imponha no conflito palestino-sionista. A Grã Bretanha e outros países começaram uma campanha de boicote a Israel  que abrange vários níveis:

  • Boicote aos produtos israelenses (código 729)

v  Os britânicos Marks and Spencer e Co-operative Group  não vendem mais produtos das colônias israelenses dos territórios palestinos ocupados.

v  Na sua assembleia anual, o sindicato nacional de jornalistas britânicos exigiu “um boicote aos produtos israelenses similar ao que se fez durante a luta contra a apartheid na África do Sul liderados pelos sindicatos e para que o Congresso de Sindicatos exija que se imponham sanções a Israel por parte do governo britânico.” (The Guardian, 13.4.2007).

v  Alguns sindicatos britânicos votaram a favor de proibir a importação de produtos procedentes de “assentamentos ilegais” e de fechar o comércio de armas com Israel (Associated Press, 17.9.2009).

  • Boicote cultural

Durante as semanas anteriores ao ataque à Frota artistas como Elvis Costello e Gil Scott-Heron (e Carlos Santana) cancelaram seus show previstos em Israel  depois de receberem os chamamentos  dos grupos palestinos e internacionais da campanha de BDS.

Outras personalidades da cultura como John Berger, Ken Loach, Iain Banks, que apoiam explicitamente o boicote cultural palestino a Israel;  personalidades da cultura que se recusam  a participarem nos eventos culturais oficiais em Israel por razões políticas como Roger Waters e Nigel Kennedy; e personagens da cultura como Bono e sua banda U2 declinaram participar em eventos em Israel ou aceitam cancelar eventos sem dar razões políticas explícitas (4).

  • Boicote acadêmico

v  A Associação de Professores Universitários (APU) do Reino Unido votou a favor do boicote às universidades de Haifa e Bar-Ilan, e a favor da difusão íntegra do Chamado ao Boicote das Instituições Acadêmicas Israelenses (5).

v  Acadêmicos do Sindicato Britânico de Docentes e Escolas fizeram um chamamento ao boicote contra universidades israelenses, em protesto pelo comportamento de Israel em relação aos palestinos. O boicote, aprovado no congresso anual do sindicato, prevê, entre outras medidas, que os acadêmicos britânicos não participem nas conferências organizadas por Israel e deixem de escrever em jornais israelenses. A moção apela à reflexão sobre as «implicações morais» dos vínculos com universidades israelenses, que são cúmplices das políticas de Israel e dos abusos contra os direitos humanos na Faixa de Gaza e Cisjordânia (6).

Algumas ações da Justiça britânica

v  Um tribunal britânico deu ordem de prisão contra Tzipi Livni por crimes de guerra cometidos supostamente quando era ministra das Relações Exteriores de Israel durante a operação Chumbo Fundido (The Guardian, 14.12.2009).

v  O general de divisão Doron Almog evitou ser preso no Reino Unido permanecendo em um avião de El Al e retornando a Israel, depois de que um tribunal britânico emitisse uma ordem de prisão contra ele por acusações de ter violado a legislação internacional durante o período de controle israelense de Gaza (BBC, 12.9.2005).

v  Em Birmingham se apresentou um processo contra o Governo britânico alegando que a venda de equipamento militar a Israel violava diretrizes sobre exportação de armas e contribuía à opressão dos palestinos nos Territórios Ocupados (The London Times, 3.5.2007).

Estes son alguns exemplos de ações empreendidas na Grã Bretanha.  São insuficientes, mas nos demonstram que cada um de nós pode reagir e colaborar com a denúncia do que ali acontece. Não podemos ser indiferentes diante da opressão e o extermínio dum povo, nem dos palestinos nem de nenhum outro.

Referências

1 Tali Feld Gleiser. Palestina. Orígenes do conflito 1. http://desacato.info/2010/07/palestina-origens-do-conflito-i-2/

2http://é.wikipedia.org/wiki/Libro_Blanco_de_1939

3 Stuart Littlewood, Jews are eight times over-represented in UK parliament, 21-5-2010. http://www.redress.cc/global/slittlewood20100521

4 After the Flotilla Massacre: Cultural Boycott of Israel Takes Off, 29-06-2010, http://www.pacbi.org/printnews.php?id=1291#_edn8

5 http://www.nodo50.org/csca/agenda05/palestina/boicot_11-05-05.html

6 Acadêmicos britânicos chamam a um boicote contra universidades israelenses,  02-06-2007 http://www.rebelion.org/noticia.php?id=51693

Palestina. Orígenes del Conflicto 2

El papel del Reino Unido

Por Tali Feld Gleiser.

“es bueno que se sepa desde ahora
que no habrá posibilidad de remar nocturnamente
hasta otra orilla que no sea la nuestra
ya que será abolida para siempre
la libertad de preferir lo injusto
y en ese solo aspecto
seremos más sectarios que dios padre”

M. Benedetti

El movimiento sionista habría tenido más dificultades para llevar a cabo sus planes sin la ayuda del Imperio británico.  Antes de la llegada de los británicos a Palestina, este territorio estuvo dominado por el Imperio otomano, que se extendió desde el año 1299 hasta su caída en la década de 1920. Los otomanos y las naciones aliadas de la Primera Guerra Mundial (excepto la URSS y EE.UU.) firmaron el Tratado de Sévres en el que el  territorio del Imperio otomano, que se había expandido por  tres continentes,  fue restringido a Estambul y el Asia Menor. A Francia se le adjudicó, Siria, Líbano y Alejandreta (ciudad de ?skenderun en la actual Turquía). A Gran Bretaña se le otorgaron Mosul (ciudad en el actual Irak), Transjordania y Palestina con el objetivo de  «asegurar el establecimiento del hogar nacional judío» y «la salvaguardia de los derechos civiles y religiosos de todos los habitantes de este territorio». Esta repartición tuvo su antecedente en un acuerdo secreto entre Francia y Gran Bretaña en 1916 llamado Tratado Sykes-Picot.

En 1917, Lord Balfour, Ministro de Relaciones Exteriores, también prometió un hogar nacional judío en Palestina (1).

En la década de 1930, el movimiento sionista recibió el apoyo de un oficial británico llamado Charles Orde Wingate, un cristiano que pensaba que era su deber religioso ayudar a que la comunidad judía estableciera su hogar en Palestina. Convenció  a los líderes sionistas de que el concepto de estado judío debía estar estrechamente unido con el militarismo y la estructuración de un ejército que protegiese las colonias judías y que, a su vez, disuadiese a la resistencia palestina. Wingate transformó la organización paramilitar judía, Haganá (defensa en hebreo), que pasó a ser el brazo armado de la Agencia Judía (órgano de gobierno sionista en Palestina).

Una de las tácticas del movimiento sionista para ir estableciéndose en Palestina fue la compra de tierras. Terratenientes se las vendían a los sionistas, por lo que los campesinos árabes empezaron  a verse despojados de sus propiedades. A pesar de que la inmigración judía había sido limitada, aumentaba la cantidad de personas que llegaban de Europa legal y clandestinamente, escapando de la persecución nazi. La población árabe empezó a temer  que Palestina se convirtiera en un estado judío e hicieron todo lo posible por impedir que esto se concretara. Hubo dos revueltas árabes: una en  1929 y la otra en 1936-39. Los sionistas aprovecharon para  aprender con los británicos lo que era ocupar aldeas palestinas y el manejo de armas.  Los miembros de la Haganá también tuvieron entrenamiento bélico cuando participaron como voluntarios en el ejército británico durante la Segunda Guerra Mundial. Cuando los británicos restringieron un poco el apoyo a los sionistas para atender algunas demandas palestinas, se produjo una ola de atentados terroristas sionistas contra árabes e ingleses.

En 1939, el llamado Libro Blanco de MacDonald determinaba el futuro del Mandato Británico de Palestina a través de tres temas:

1. El futuro político del Mandato: el Gobierno británico procuraría establecer un gobierno conjunto de árabes y judíos al gobierno, aproximadamente en proporción a sus respectivas poblaciones, con la intención de que en diez años se pudiese crear un Estado binacional. Los intereses de ambos quedarían garantizados.

2. La inmigración: la inmigración judía hacia Palestina quedaría limitada a un máximo global de 75.000 personas en los siguientes cinco años, de modo que población judía supusiera un tercio de la población total. Después del período de cinco años, no se permitiría más inmigración judía a menos que los árabes de Palestina estuvieran dispuestos a aceptarlo.

3. Sobre las tierras: se prohibiría o restringiría la compra de nuevas tierras a los judíos, como consecuencia del crecimiento natural de la población árabe y del mantenimiento del nivel de vida de los cultivadores árabes, respectivamente (2).

La comunidad judía se opuso y acusó a los británicos de traición y deslealtad, además de complicidad con la persecución nazi y de prohibir a sus víctimas encontrar refugio por su dura política antiinmigratoria. Los sabotajes sionistas se intensificaron. Londres terminó renunciando a su intención de encontrar  una solución al conflicto que se tornaba inminente y se lavó las manos. En febrero de 1947 transfirió la cuestión Palestina a las Naciones Unidas. Este organismo sugeriría la partición de Palestina (Resolución 181), que, como tantas otras,  jamás  sería cumplida por el gobierno de Israel.

El Mandato británico se había vuelto muy impopular en su país y comenzaba a sufrir distintas presiones. Tras la Segunda Guerra Mundial, Gran Bretaña necesitaba reconstruirse y le resultaba muy costoso mantener cien mil soldados en Palestina. Por su parte, el partido laborista había prometido en su campaña permitir la migración judía irrestricta. La causa sionista comenzaba a ser adoptada por los Estados Unidos, cuyo Congreso retrasó los préstamos  solicitados por Londres.  Por lo tanto en 1948, el Reino Unido decide retirarse de Palestina.

En la actualidad, salvo alguna que otra débil e hipócrita protesta, el gobierno de Downing Street continúa siendo aliado de la política israelí-usamericana. Esto puede comprobarse, también, a través de la representación judía en la Cámara de los Comunes. La población judía del Reino Unido es de 280.000 personas, lo que representa el 0,46% de la población del país. Poseen  24 escaños,  de los cuales 12 son conservadores, 10 laboristas y dos demócratas liberales. Los judíos están representados ocho veces más de lo que les corresponde por el criterio de proporcionalidad. Si éste se respetara  a la comunidad judía le corresponderían 3 escaños (3).

Británicos a contracorriente

A diferencia de la clase dirigente que apoya las políticas del gobierno sionista, hay instituciones y personas solidarias y preocupadas  porque la justicia se imponga en el conflicto palestino-sionista. Gran Bretaña y otros países han comenzado una campaña de boicot a Israel  y  abarca varios niveles:

  • Boicot a los productos israelíes (código 729)

v  Los británicos Marks and Spencer y Co-operative Group  no venden más productos de las colonias israelíes de los territorios palestinos ocupados.

v  En su asamblea anual, el sindicato nacional de periodistas británicos exigió “un boicot a los productos israelíes similar a los que se hicieron durante la lucha contra el apartheid en Sudáfrica liderados por los sindicatos y para que el Congreso de Sindicatos exija que se impongan sanciones a Israel por parte del gobierno británico.” (The Guardian, 13.4.2007).

v  Algunos sindicatos británicos votaron a favor de prohibir la importación de productos procedentes de “asentamientos ilegales” y de terminar el comercio de armas con Israel (Associated Press, 17.9.2009).

  • Boicot cultural

Durante las semanas anteriores al ataque a la Flotilla artistas como Elvis Costello, Gil Scott-Heron y Carlos Santana cancelaron sus conciertos previstos en Israel tras recibir los llamamientos de los grupos palestinos e internacionales de la campaña de BDS.

A estos artistas se añaden figuras de la cultura como John Berger, Ken Loach, Iain Banks,  las cuales apoyan explícitamente el boicot cultural palestino a Israel; figuras de la cultura que se niegan a participar en los eventos culturales oficiales en Israel por razones políticas como Roger Waters y Nigel Kennedy; y figuras de la cultura como Bono y su grupo U2 han declinado participar en eventos en Israel o acceden a cancelar sin dar razones políticas explícitas (4).

  • Boicot académico

v  La Asociación de Profesores Universitarios (APU) de Reino Unido votó en su asamblea del día 22 de abril a favor del boicot a las universidades de Haifa y Bar-Ilan, y a favor de la difusión íntegra de la Llamada al Boicot de las Instituciones Académicas Israelíes (5).

v  Académicos del Sindicato Británico de Docentes y Colegios hicieron ayer un llamamiento al boicot contra universidades israelíes, en protesta por el comportamiento de Israel hacia los palestinos. El boicot, aprobado en el congreso anual del sindicato, prevé, entre otras medidas, que los académicos británicos no participen en las conferencias organizadas por Israel y dejen de escribir en diarios israelíes. La moción apela a la reflexión en torno a las implicaciones morales de los vínculos con universidades israelíes, que son cómplices de las políticas de Israel y de los abusos contra los derechos humanos en la franja de Gaza y Cisjordania (6).

Algunas acciones de la Justicia británica

v  Un tribunal británico dictó orden de arresto contra Tzipi Livni por crímenes de guerra cometidos presuntamente al ser Ministra de Asuntos Exteriores de Israel durante la operación Plomo Fundido (The Guardian, 14.12.2009).

v  El general de división Doron Almog evitó ser arrestado en el Reino Unido permaneciendo en un avión de El Al y regresando a Israel, después de que un tribunal británico dictara una orden de arresto contra él por acusaciones de haber violado la legislación internacional durante el periodo de control israelí de Gaza (BBC, 12.9.2005).

v  En Birmingham se presentó una demanda contra el Gobierno británico alegando que la venta de equipo militar a Israel violaba la directrices sobre exportación de armas y contribuía a la opresión de los palestinos en los Territorios Ocupados (The London Times, 3.5.2007).

Estos son algunos ejemplos de acciones emprendidas en Gran Bretaña.  Son insuficientes, pero nos demuestran que cada uno de nosotros puede reaccionar y colaborar con la denuncia de lo que allí sucede. No podemos ser indiferentes delante de la opresión y exterminación de un pueblo, ni de los palestinos ni de ningún otro.

Referencias

1 Tali Feld Gleiser. Palestina. Orígenes del conflicto I. http://desacato.info/2010/07/palestina-origens-do-conflito-i-2/

2http://es.wikipedia.org/wiki/Libro_Blanco_de_1939

3 Stuart Littlewood,  Jews are eight times over-represented in UK parliament, 21 May 2010. http://www.redress.cc/global/slittlewood20100521

4 After the Flotilla Massacre: Cultural Boycott of Israel Takes Off, 29 June 2010, http://www.pacbi.org/printnews.php?id=1291#_edn8

5 http://www.nodo50.org/csca/agenda05/palestina/boicot_11-05-05.html

6 Académicos británicos llaman a un boicot contra universidades israelíes.  02-06-2007 http://www.rebelion.org/noticia.php?id=51693

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