Os povos esperam justiça, apesar da constante flexibilização.

Foto: Matheus Veloso/Mídia Ninja.

Por Roberto Liebgott/Cimi/Sul.

O inimigo!

Manifestou sua ira,
Revelou sua alma odiosa,
Explicitou sua voracidade.

Proferiu suas mentiras,
Suas ameaças,
Suas ideias corrosivas.

Anunciou desprezo à Lei Maior,
Sua belicosidade diante da divergência,
Sua insatisfação com a existência indígena.

Expressou inconformismo à repercussão geral,
Seu rancor a ministros,
Sua ideologia totalitária.

Reafirmou as teses genocidas,
Seus desejos integracionistas,
Sua saga por riqueza e poder.

Requereu validação do marco de morte,
Ratificou a aversão ao indigenato,
Sua fixação à propriedade privada.

O inimigo requer a desterritorialização dos povos,
A reinterpretação do direito,
A destruição do modo de ser do outro.

O inimigo postula pelo extermínio,
Pede aval a sua tirania,
Exige a desclassificação dos direitos originários.

Os povos indígenas, por sua vez, enaltecem as ancestralidades, suas memórias e espiritualidades. Eles creem na inter-relação entre o físico, o divino e o espiritual,
Eles esperam que haja justiça, apesar da constante flexibilização.

Não ao marco temporal!

Sim a vida!

Demarcação Já!

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