Por Roberto Liebgott/Cimi/Sul.
O inimigo!
Manifestou sua ira,
Revelou sua alma odiosa,
Explicitou sua voracidade.
Proferiu suas mentiras,
Suas ameaças,
Suas ideias corrosivas.
Anunciou desprezo à Lei Maior,
Sua belicosidade diante da divergência,
Sua insatisfação com a existência indígena.
Expressou inconformismo à repercussão geral,
Seu rancor a ministros,
Sua ideologia totalitária.
Reafirmou as teses genocidas,
Seus desejos integracionistas,
Sua saga por riqueza e poder.
Requereu validação do marco de morte,
Ratificou a aversão ao indigenato,
Sua fixação à propriedade privada.
O inimigo requer a desterritorialização dos povos,
A reinterpretação do direito,
A destruição do modo de ser do outro.
O inimigo postula pelo extermínio,
Pede aval a sua tirania,
Exige a desclassificação dos direitos originários.
Os povos indígenas, por sua vez, enaltecem as ancestralidades, suas memórias e espiritualidades. Eles creem na inter-relação entre o físico, o divino e o espiritual,
Eles esperam que haja justiça, apesar da constante flexibilização.
Não ao marco temporal!
Sim a vida!
Demarcação Já!