O último discurso do biltre. Por Viegas Fernandes da Costa.

Por Viegas Fernandes da Costa.

Contive a náusea e assisti à última fala do presidente em exercício, sr. jair (sim, em letra minúscula mesmo, porque é assim que é), realizada na manhã desta sexta-feira. A fala de um homem covarde, limitado intelectualmente, desprovido de espírito público e que jamais teria chegado à presidência da República não fosse o golpismo das nossas elites medíocres e cafonas (como escreveu Fernanda Young) e de uma imprensa herdeira da mentalidade e do modus operandi de Assis Chateaubriand.

Em seu pronunciamento, sr. jair não reconheceu a derrota nas urnas, mais uma vez levantou suspeitas sobre o processo eleitoral, manipulou e distorceu fatos e dados sobre seu governo, chacoalhou velhos esqueletos no armário, mentiu e, irresponsavelmente, alimentou o golpismo dos seus aliados que, diante dos quartéis, promovem balbúrdia, violência e terrorismo. Como o homem covarde que se apresenta, sr. jair procurou lavar as mãos, como Pilatos, incitando seu rebanho ao crime sem querer ser responsabilizado por isto.

Uma fala confusa, vil, de biltre e que fecha seu governo medíocre de modo abjeto. O sr. jair nunca foi um patriota, nunca lutou pelo seu país e sempre trabalhou por interesses mesquinhos e particulares. Ex condenado na Justiça Militar, parlamentar fisiológico e agora autor de um discurso de despedida que entra para a história e para os anais da República como o mais canhestro já proferido por um Chefe de Estado Brasileiro.

Nesta sexta-feira, jair produziu sua derradeira ode ao caos e falência nacional. Destilou sua mágoa e perfídia como um adulto imaturo e sem caráter. Precisa ser responsabilizado também pelas consequências destas suas últimas palavras. Como sobrevivemos, enquanto nação, a quatro anos de todo este desgoverno, é algo que precisaremos estudar. Mas sobrevivemos, apesar de toda ruína moral, institucional e dos setecentos mil mortos que poderiam ter sobrevivido, fossem outros os resultados eleitorais de 2018 e tivesse Aécio Neves e o PSDB aceitado a derrota em 2014.

A opinião do/a/s autor/a/s não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.

Leia mais:

Sônia Guajajara. Por Roberto Liebgott.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here


This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.