O que São Paulo vai analisar antes de suspender o isolamento

Na começo da tarde desta quarta, durante coletiva de imprensa, Doria pretende anunciar genericamente um plano de retomada

Durante coletiva de imprensa, Doria pretende anunciar genericamente um plano de retomada (Foto: Reprodução)

João Doria, governador de São Paulo, contou em entrevista à Folha de S. Paulo desta quarta (22) o que o Estado vai analisar antes de suspender gradualmente as medidas de restrição social impostas a todos os municípios até o dia 10 de maio, em função da pandemia de coronavírus.

Na começo da tarde desta quarta, durante coletiva de imprensa, Doria pretende anunciar genericamente um plano de retomada, mas que só será detalhado no dia 8 de maio, às vésperas do fim dessa segunda fase de “quarentena” (entre aspas porque, na visão do governo, São Paulo não vive sob medidas duras de isolamento).

Segundo Doria, para detalhar o plano de retomada paulatina dos serviços que foram fechados, sua equipe de médicos vai analisar o índice de distanciamento social. O ideal para o comitê que traça as estratégias de resposta ao coronavírus era uma taxa de 70%. Mas São Paulo tem praticado médias entre 50% e 60%, o que é considerado “aceitável” para o planejamento, disse Doria.

Em segundo lugar, vão averiguar quantas pessoas estarão infectadas nas próximas duas semanas e, na sequência, conferir qual será a capacidade de atendimento na saúde pública e privada no estado. “Isso será diário, e a troca de informação entre a saúde e a economia serão ainda mais intensas.”

Sob forte pressão do comércio e varejo, Doria não quis antecipar se as escolas serão reabertas nesta fase. Ele também afirmou que os municípios não estão autorizados a levantar as medidas de mitigação antes do dia 10 de maio. Depois disso, cada cidade deve apresentar um plano de acordo com a realidade local.

O município de Santo André, no Grande ABC, por exemplo, anunciou na terça (21) que desenvolveu um plano de retomada que será submetido, até o final desta semana, à apreciação do Ministério Público. A ideia é evitar a judicialização da suspensão do isolamento, para que as orientações para a reabertura sejam “efetivas”, disse o prefeito Paulo Serra, do PSDB, mesmo partido de Doria.

Na capital, o secretário de Saúde Edson Aparecido disse à Folha de terça que é muito cedo para falar em reabertura.

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