Por Camila Almeida/Girassol Cultural.
Foram escolhidos os filmes que integrarão a 8ª edição do “Ó o Doc Aí –
Mostra de Documentários Chapecoense”. Integram a lista de produções que
serão exibidas no festival, entre os dias 25 e 29 de outubro, no Centro de
Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, documentários nacionais,
catarinenses e chapecoenses.
Na categoria longa-metragem nacional foram escolhidos os filmes “Grade”, de
Lucas de Andrade Britto, de Niterói/RJ, “O dia da posse”, de Allan Ribeiro do
Rio de Janeiro/RJ e “O Sonho do Inútil”, de José Marques Carvalho Jr., do
Rio de Janeiro/Rj.
Na categoria curta-metragens catarinenses integrarão a programação “caça-palavras”, de Romy Riber, de Balneário Camboriú e “Pãn Vanh – Rastros”, de Ítalo Mongconânn, de José Boiteux. Na categoria curta- metragens chapecoenses serão exibidos os documentários ‘É assim que eu me lembro” de Julherme Pires, “Isso é ser comunidade” de Narciso Gustavo
Nunes Baez, e o lançamento “Entre o Sonho e o Som”, dos diretores Daniel
Edu Mayer e Fabiane Bardemaker.
De acordo com Analu Favretto, que integra a curadoria do projeto, os filmes
selecionados foram escolhidos por se comunicarem com a proposta do
festival. “É muito importante que o festival se comunique enquanto formato.
São filmes que propõem debates, dialogam com a realidade do interior, que
ora pela comédia, pelo absurdo, e ora é pelo cotidiano. Estamos inseridos em
um espaço escasso na promoção cultural e nós precisamos ser criativos,
então os filmes tem esse apelo, de encontrar formas de sobreviver a partir da
experimentação, do sonho, a partir do arquivo, a partir de remontar um
passado, de sonhar um futuro, são produções que se imaginam, que riem de
si mesmo, que se narram e que existem pela possibilidade de existir, não
miram algo muito além deles e isso é algo muito genuíno dos filmes”, pontua.
As produções serão exibidas entre os dias 25 e 29 de outubro. Esta é a 8ª
edição da mostra e marca a retomada do projeto que teve sua 7ª edição
realizada em 2015. Além de estimular a difusão de filmes documentais,
democratizar o acesso da comunidade a partir da gratuidade das exibições, o
encontro é uma grande ação de fortalecimento do setor audiovisual no interior
de Santa Catarina.
Para o setor audiovisual chapecoense é extremamente importante o retorno
do Ó o Doc Aí, pois o gênero documentário é o principal gênero
cinematográfico produzido pelos profissionais locais. Então, além de ser um
espaço para esses profissionais exibirem as suas produções, acaba sendo
também um espaço de acesso a outros filmes documentais produzidos em
todo o Brasil. O cinema documental tem pouquíssimo espaço nos cinemas
comerciais, nos cinemas de shoppings, por exemplo, em que nós estamos
acostumados a comprar o ingresso e assistir ao filme. Por isso essas
produções dependem de eventos e projetos independentes, iniciativas de
associações como a Cinelo, para poder chegar até o público”, enfatiza o
Coordenador da Cinelo, Augusto Zeiser.
Segundo Sabrina Zimmermann, também curadora do projeto, “espaços como
este projeto são fundamentais para que as obras cheguem até seu público. E
também são fundamentais para que o público tenha acesso a obras nacionais
e independentes”, finaliza.
A Mostra é uma iniciativa da Cinelo – Associação de Cinema e Vídeo de
Chapecó e região, em parceria com a Fundação de Cultura de Chapecó, com
a produção da Lamparina Cultural, e o patrocínio do Prêmio de Cinema
Catarinense 2021, através da Fundação Catarinense de Cultura.