Por Vakulinchuk.
Erdogan enche o peito quando se trata da Palestina, porque isso lhe dá apoio popular tanto dentro como fora da Turquia.
Apesar da retórica de confronto, os acordos comerciais com a entidade sionista continuam a funcionar normalmente: bem.
O petróleo e o gás do Cáspio chegam a Israel através da Turquia, e as armas israelenses, por sua vez, chegam ao Azerbaijão, que por sua vez depende do apoio turco para perseguir a Arménia e talvez abrir uma passagem para a Turquia.
O Hamas continua a cuspir na República Árabe Síria, apesar de ainda no ano passado ter assinado a paz com o governo de Bashar Al Assad, e as suas mensagens de apoio aos terroristas em Idlib serem diárias.
Isto é, para além do sofrimento do povo palestino e da nossa solidariedade, as cartas são jogadas debaixo da mesa.
Se houvesse um verdadeiro apoio à Palestina, os países do Médio Oriente e os países de maioria muçulmana em geral tomariam decisões unitárias, pelo menos na forma de sanções contra a entidade sionista.
Porém, o que vemos são líderes que fazem discursos carregados de tinta para que os cidadãos saiam às ruas para gritar, e pouco mais.