Redação, Desacato.info.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a população em tal situação no Brasil cresceu 38% entre 2019 e 2022 quando atingiu 281.472 pessoas. O Instituto aponta que de 2012 a 2022 o crescimento foi de 211% das pessoas em situação de rua, um dado considerado superior ao crescimento vegetativo da população nacional.
Em Florianópolis a morte de um homem de 41 anos, chamado Simon Bertolo, por hipotermia, na última segunda-feira (12), reflete este cenário. Para falar sobre este assunto, na manhã desta quarta-feira (14), esteve no JTT-Manhã Com Dignidade o integrante do Movimento da População em Situação de Rua, André Scheifer.
Para André, primeiramente é importante destacar que no contexto a atual, o Secretário de Assistência Social do Governo Municipal, não tem nenhuma experiência na área. Esta falta de experiência, reflete em não cumprimento da real responsabilidade. Ele afirma, que não sendo utilizadas ferramentas públicas para garantir o acolhimento de pessoas em situação de rua. Não há esforços para abranger a capacidade de vagas em casas de abrigo.
Ao invés disto, no caso da morte desta semana, “eles estão preocupados em achar criminalizar, achar culpados”, afirma. André destaca, há uma média de 400 pessoas acolhidas no município, sendo que cerca de 1.300 estão nas ruas.
Neste quadro, ele instiga o questionamento: “por que estas pessoas não vão para estes espaços de abrigo?”
Entre as respostas possíveis encontra-se um fator principal: a forma como o governo lida com estas pessoas, com violência, gera afastamento. “Como eu vou dormir num espaço onde tem violência?”, reflete, André.
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