Em decisão judicial recente, a 6ª Vara Cível determinou a reintegração de posse da Ponta do Coral, em favor da empresa Nova Próspera Mineração S.A, que se diz proprietária da área, contra uma pessoa que também afirma ser dona do citado espaço, e que ali construiu uma casa, em setembro de 2018.
O Movimento Ponta do Coral 100% Pública rejeita a alegação de que a Ponta do Coral seja privada, independente de quem se diga dono, pois a venda realizada em 1980, durante a ditadura militar, pelo então governador Jorge Konder Bornhausen foi ilegal, após um incêndio comprovadamente criminoso no Abrigo de Menores que ali existia. Não é de hoje que sustentamos esta posição, razão da existência do Movimento, que resiste há 39 anos defendendo a utilização pública da Ponta.
Novamente ficamos chocados com o descaso da Prefeitura de Florianópolis, que durante mais de um ano se omitiu ao não zelar pelo bem estar da população que foi reiteradamente intimidada pelo atual morador ao tentar visitar a Ponta do Coral, conforme denunciamos em Maio do ano passado.
Lutamos pela criação do Parque Cultural das 3 Pontas, que uniria a Ponta do Coral, a Ponta do Goulart e a Ponta do Lessa, preservando o meio ambiente, e incentivando a cultura e a economia local. Temos apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que em 2016 reconheceu a região das Três Pontas como de interesse científico e acadêmico, apoiando a criação de parque no local como espaço natural protegido, de utilização pública, bem como de diversos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que em 2015 assinaram nossa Carta Aberta por Área Verde de Lazer na Ponta do Coral.
Se existe um verdadeiro “dono” da Ponta do Coral, este dono é o povo, que merece um parque público na região. Que em 2020, esta região seja, portanto, definitivamente reintegrada à população, pois Hotel é para poucos, mas Parque é para tod@s!