Ameaça de fechamento de escolas, redução compulsória de carga horária e falta de transparência na gestão educacional na regional de Florianópolis, SC, é parte de um conjunto reclamações feitas pelos professores estaduais, ontem, 05, na Coordenadoria Regional da Secretaria de Educação de SC, em São José.
Por Marcelo Luiz Zapelini, para Desacato.info
De acordo com a professora Vanessa Fernandes, coordenadora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE), as orientações para a divisão das aulas 2018 dos professores efetivos são ilegais.
“Com as orientações, na prática, querem reduzir a carga horária do professor para que aposente com 10h/aula e não 40. Além disso, faz com que os professores readaptados, que estão doentes, fiquem sem aulas quando voltarem para a escola”, explicou Vanessa ao Portal Desacato.
O ofício circular de 28 de setembro prioriza a manutenção da carga horária originária, o que prejudica profissionais admitidos com apenas 10h/aula, a partir de 2006. Também orienta que o professor efetivo não pode ser titular de disciplinas vinculadas a outro que esteja afastado.
“Pela lei estadual 668/2015, se o professor não completa sua carga horária ele reduz a carga horária automaticamente”, explicou a sindicalista. Para encontrar aulas excedentes (sem titular) muitos vão precisar buscar aulas em outros municípios, embora a mesma lei limite o raio em 20km entre os locais de trabalho.
“Aqui (na regional) não tem raio, aqui é para qualquer lugar. Temos uma professora que está no Sul da Ilha, em Biguaçu e em São José. Ela é mãe solo de um filho de 5 meses”, denunciou Vanessa.
O risco de fechamento de mais uma unidade educativa também preocupa os professores. “Estamos denunciando que querem fechar a escola João Frederico Rech, em Angelina, com o argumento de que tem que fazer redução de gastos. Mas temos uma comunidade afastada 14 km do centro da cidade, com dificuldade de acesso”, revelou a coordenadora do Sinte de São José, Ingrid Assis Leitemberg. Ela teme que a iniciativa leve as crianças a deixarem de estudar.
Na mesa de negociação
Depois de uma breve sequência de discursos no carro de som, os representantes sindicais subiram até o nono andar do edifício, onde funciona a coordenadoria, para protocolar dois documentos que exigem a revogação das distribuições de aula já feitas e a manutenção da escola em Angelina.
Houve um princípio de tumulto quando servidoras do órgão tentaram limitar o acesso e impedir que chegassem até a antessala do gabinete da coordenadora regional, Elizete Geraldi. Depois, os professores passaram a exigir uma audiência imediata com Elizete. Os ânimos se acalmaram quando ela garantiu que iria recebê-los.
A coordenadora e servidoras ouviram a pauta de reinvindicação, mas a resposta frustrou os trabalhadores: “Não cancelo nada, não assumo compromisso de cancelar nada porque isso não cabe a mim, existe um diretor de gestão de pessoas na secretaria de educação que tem
esse papel”, disse a chefe da coordenadoria. Mas, ela garantiu que participaria de uma reunião entre o sindicato e o diretor Valdenir Krüger, na proposta dos sindicalistas.
A equipe ainda disse que não atua para prejudicar os professores e que revisará a distribuição de aulas caso as normas sejam modificadas. Atualmente, os professores que enfrentam problemas com a carga horária estão sendo acompanhados individualmente.
Em relação a escola em Angelina, Elizete afirmou que apenas realizaram um estudo dentro do “Plano de ofertas educacionais”, ainda a ser analisado pelo Governo. “Não desconsideramos em nenhum momento a comunidade escolar”, pontuou. O diagnóstico, realizado em toda a rede, identifica quais escolas devem ser fechadas ou municipalizadas dentro de critérios
Esses mesmos professores são os que sustentam a qualidade da educação catarinense, como o sr. Secretário Dechamps tanto gosta de anunciar Brasil afora.
Eduardo, vc desconhece como esses, esses, …….prefiro não falar, trabalham. Em qualquer mesa que tenhamos que sentar para negociar é um jogo de empurra que vc não tem idéia, afinal de contas eles são comissionados, não têm responsabilidade com nada, só querem saber de estarem por um tempo no cargo, ir para outro, conforme os ganhos e pronto, são os politicalhos que acabam com o serviço público e a população acredita que são os concursados que fazem essa cagança
Tumultuaram pra entrar no gabinete da pessoa que não tem poder pra fazer nada… Soa mesmo como professores de SC.