Texto: Jaine Fidler Rodrigues
De acordo com relatório da ONG Global Witness, o Brasil é o 4.º país que mais mata ambientalistas. É neste contexto que o chamado guardião do Sertão do Peri, professor aposentado, militante ambientalista e ecológico, Getúlio Dornelles Larratéa foi encontrado morto na última quinta-feira (2). Getúlio, realizava denunciar referente a ocupações ilegais na região.
A família registrou a ocorrência e a polícia investiga o caso. Os amigos acreditam que ele foi assassinado. “Ele tinha problema com vizinhos que faziam grilagem na região”, conta professor do departamento de Pediatria da UFSC, Eduardo Andrade Pinheiro no JTT-Manhã Com Dignidade desta quinta-feira (9). Getúlio, nunca concordou com estas práticas. Segundo Eduardo, algumas pessoas o amavam, outras, odiavam. A versão da comunidade é que um destes grileiros tenha agredido Getúlio. Ele foi encontrado na estrada, com muitas marcas de violência. Os próprios profissionais que atenderam disseram para a família que a causa da morte possivelmente foi de agressões violentas. Seu quarto foi encontrado bagunçado. Não houve constatação de roubo.
“Não está certo, precisamos que este caso seja esclarecido e tenhamos justiça”, afirma a professora do Departamento de Nutrição da UFSC, Regina Fagundes.
Getúlio ajudou a construir o departamento de Nutrição, na UFSC. Ele foi imprescindível, Regina relata: “Getúlio era vida, era paz, era amigo, era especial. Sempre foi o guardião da natureza, optou por morar no mato, o meio ambiente era sua bandeira de guerra”. Se espera que a justiça seja feita e a verdade esclarecida.
O acontecimento não apareceu muito na mídia. “Se nós pressionarmos, eles precisam prestar atenção. Nosso papel é denunciar e dar visibilidade para o caso”, enfatizou Eduardo.
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