Nicolás Maduro: Com a Constituinte, o povo manifestará sua vontade absoluta

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou que o processo constituinte, convocado diante da negativa da oposição de resolver as diferenças através do diálogo, permitirá que se expresse a vontade total e absoluta do povo, como dono originário do Poder Constituinte.

“(Estamos) dando o poder a seu dono original. Foi o que fiz. O poder que tenho foi totalmente entregue ao povo da Venezuela para que exerça sua vontade, sua soberania total e absoluta. Tenho fé no povo. Confio no povo. Convoco o povo”, manifestou, durante o programa “Os Domingos com Maduro”, transmitido neste domingo (28) pelo canal “Venezuelana de Televisão, desde Caracas.

O presidente mencionou que na Constituinte se debaterá sobre todos os temas da vida nacional em função de fortalecer a Constituição Bolivariana, a partir da eleição de 545 constituintes em leições universais, diretas e secretas em finais de julho.

“Vamos à Constituinte com alegria, com fé, com esperança, com a força do  povo. Vamos à Constituinte para reconstruir, para regenerar o direito à paz, a lançar as bases produndas da paz”, instou.

A Assembleia Nacional Constituinte será integrada por 364 constituintes territoriais e 181 setoriais: indígenas (8), estudantes (24), camponeses e pescadores (8), empresários (5), pessoas com deficiência (5), aposentados (28), conselhos comunitários (24) e operários (79).

“Pela primeira vez, graças ao fato de que temos uma revolução, vamos ter constituintes da classe operária, dos camponeses, pescadores, das pessoas com deficiência, aposentados, empresários, representantes comunitários”, ressaltou o mandatário nacional.

Para os interessados em candidatar-se a constituintes, o Poder Eleitoral porá à disposição um espaço no portal da internet para a inscrição, específicamente nas próximas quarta e quinta-feiras (31 de maio e 1ª de junho).

O presidente Maduro indicou que este processo constituinte, além de blindar os direitos sociais, busca “a paz, a união, o futuro”, e mencionou que a participação massiva na eleição dos constituintes é fundamental.

“Que cada qual tome sua decisão: se quer voto ou bala; se quer Constituinte ou violência terrorista. Que cada qual decida neste país. Das duas, uma: democracia, voto, liberdade, opinião, participação ou atos de violência, bloqueios, terrorismo ou morte. Constituinte ou violência. Votos ou balas. Liberdade é nossa bandeira”, sublinhou.

“A violência não terá êxito”

Por seu turno, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, sublinhou que a violência que um setor da oposição pretende impor no país — e que vem sendo executada desde o início de abril último – fracassará diante da fortaleza institucional e moral do Estado venezuelano.

“A violência não vai ter êxito diante da fortaleza institucional e moral do Estado venezuelano e também do governo venezuelano, incluída a Força Armada Nacional Bolivariana”, disse o ministro em entrevista concedida ao programa “José Vicente Hoy”, transmitido neste domingo pelo canal “Televen”.

Padrino López recordou que esse plano golpista — caracterizado pela subversão interna e armada, — “é um assunto que vai muito além da derrubada do presidente Nicolás Maduro, pois aponta para a destruição do Estado para que, sobre essas ruínas, ponham as mãos nas riquezas de nosso país”.

Por isso, há o apoio de agentes externos para impor fora das fronteiras da Venezuela uma campanha de desprestígio contra a pátria bolivariana.

Fonte: Resistência. 

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