O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi criticado em suas redes sociais após emitir uma declaração na segunda-feira (14) reconhecendo a vitória do presidente equatoriano, Daniel Noboa, reeleito para um segundo mandato neste fim de semana. A oposição alega irregularidades no processo eleitoral.
“O Brasil seguirá trabalhando com o Equador em defesa do multilateralismo, pela integração sul-americana e o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, escreveu o presidente em sua página no X.
Após felicitar publicamente o presidente equatoriano, Lula enfrentou diversas cobranças nos comentários em sua mensagem. A oposição no Equador alega irregularidades no processo eleitoral. Os críticos relembram que o presidente brasileiro havia reagido de maneira diferente às alegações de fraude nas eleições na Venezuela.
Saúdo o povo equatoriano e o presidente reeleito @DanielNoboaOk pelas eleições de domingo. O Brasil seguirá trabalhando com o Equador em defesa do multilateralismo, pela integração sul-americana e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
— Lula (@LulaOficial) April 14, 2025
La candidata ecuatoriana Luisa González ha declarado que hubo fraude, y entonces por qué Lula no exige las actas a Noboa como todavía se las pide a Maduro. Si se apuesta por la integración regional latinoamericana y los BRICS, igualdad de condiciones para todos los países.
— Aníbal Garzón ? (@AnibalGarzon) April 15, 2025
Haaaaa bueeenooooo, le impediste a los hermanos de Venezuela entrar a los BRICS y ahora felicitas a este por una elección que no ganó??? Es un montón Lula, juntarte tanto con Macron te está afectando
— Melu Morales (@melumorales_10) April 14, 2025
Eleições no Equador
De acordo com o resultado oficial, a diferença entre os candidatos foi de mais de 1 milhão de votos, o que conferiu ao atual presidente, representando o partido Ação Democrática Nacional, a vitória com 55,6% dos votos contra 44,3% da oposição de esquerda, representada por Luisa González.
Durante as eleições, algumas organizações acusaram o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de “desestabilizar” a democracia do país enquanto a oposição se recusa a reconhecer os números apurados.
“Não reconhecemos os resultados”, afirmou Luisa González a seus partidários reunidos em Quito, capital do país, que gritavam as palavras de ordem “fraude” e “recontagem”.