Em pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi demostrado que a categoria dxs jornalistas é formada em um 63% por mulheres, e, entre elas, apenas 5,3% são negras. Tendo em vista a falta de políticas para essa maioria feminina e as dificuldades das jornalistas que se encontram em grande parte no movimento sindical que é majoritariamente masculino, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) organizou uma capacitação de mulheres jornalistas para atuação no movimento sindical. A ideia da capacitação é ser um espaço de acolhimento para mulheres jornalistas e será realizada no dia 13 de novembro de forma gratuita.
A pesar de serem maioria, as mulheres ocupam menos cargos de coordenação dentro dos sindicatos de jornalistas. A própria FENAJ, composta por 31 sindicatos, em seus 75 anos de atuação só foi presidida por 2 mulheres. Segundo Samira, faltam programas de formação de lideranças mulheres dentro dos sindicatos e pautas especificas para as mulheres jornalistas nas campanhas salariais.
Em um contexto de precarização da profissão, as mulheres são as mais afetadas. A Reforma Trabalhista aprovada em 2017 minou a sustentação financeira dos sindicatos e, com falta de recursos, a primeira medida da maioria dos sindicatos foi acabar com as assessorias de imprensa. “Como que uma entidade que briga pelos direitos de sua categoria ajuda a precarizar o outro profissional que está dentro da estrutura?” pergunta Samira.
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