Movimentos e entidades realizam protesto contra a morte de Lindolfo, jovem LGBT assassinado

Jovem LGBT Sem Terra de 25 anos foi assassinado no dia 30 de abril, em São João do Triunfo. Foto: via MST.

Na manhã deste sábado (8), pessoas que participaram de um protesto cobraram justiça pela morte do jovem Sem Terra Lindolfo Kosmaski, assassinado no último dia 30 de abril. O ato aconteceu às 10h, no município de São João do Triunfo, região sul do Paraná, onde o corpo de Lindolfo foi encontrado carbonizado e com dois tiros.

O ato foi organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a APP-Sindicato, o Conselho Permanente de Direitos Humanos do Paraná (Coped-PR) e outros movimentos sociais e sociedade civil. Indícios apontam que foi um crime de ódio, provocado pela homofobia.

O protesto começou com a concentração no centro da cidade, onde os manifestantes cobraram justiça e celeridade nas investigações do homicídio de Lindolfo, além de respeito pela vida e dignidade de pessoas LGBTI+, que são um dos grupos minoritários que mais sofrem com os crimes de ódio no Brasil.

Segundo o relatório divulgado pelo Grupo Gay da Bahia, 329 pessoas LGBTI mais sofreram de morte violenta no Brasil, somente em 2019. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso é equivalente a 1 morte a cada 26 horas. Além do caso de Lindolfo, em Curitiba mais duas pessoas foram vítimas de crimes violentos somente nesta semana.

Lindolfo tinha 25 anos, era estudante egresso da turma de Licenciatura em Educação do Campo da Escola Latina Americana de Agroecologia (ELAA), localizada no assentamento Contestado, no município da Lapa (PR). Participou de diversas atividades de formação do MST, como cursos e encontros do Coletivo LGBT Sem Terra e Jornadas de Agroecologia.

Atuava como professor na rede estadual de ensino no Paraná e na última eleição municipal concorreu a vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no município de São José do Triunfo. Além disso, estava dando sequência aos estudos cursando mestrado no Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e em Matemática na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Leia também do perfil escrito pelo Coletivo LGBT Sem Terra: https://mst.org.br/2021/05/06/lindolfo-campones-gay-e-sonhador-presente/

E a nota nacional do MST: https://mst.org.br/2021/05/02/nota-de-pesar-pelo-assassinato-de-lindolfo-kosmaski/

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