No Blog de Esmael.
A investigação ganhou destaque em 22 de setembro, quando o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, deu início a uma investigação abrangente sobre as condutas de Moro e outros magistrados.
Os eventos remontam a 2002, quando Moro assumiu a 2ª Vara Federal de Curitiba, que posteriormente se tornou a famosa 13ª Vara Federal, dedicada à Lava Jato em março de 2014.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou esta investigação em resposta a alegações de “gestão caótica” e “violação de deveres da magistratura”.
Uma das principais questões levantadas é o suposto desaparecimento de 2,1 bilhões de reais das contas da Lava Jato.
O TCU, por outro lado, afirma que a 13ª Vara Federal movimentou mais de R$ 22 bilhões, levantando preocupações sobre a falta de transparência.
Outra preocupação é a imparcialidade dos plantões na 13ª Vara, com alegações de que não seguiram regras estabelecidas, muitas vezes favorecendo Moro e Gabriela Hardt, a ex-juíza substituta.
A diretora de secretaria de Moro, Flavia Maceno, também é mencionada como alguém que controlava os plantões e a distribuição de processos.
Além de Sergio Moro e Gabriela Hardt, o corregedor do CNJ também abriu reclamação disciplinar contra os desembargadores federais do TRF4 Loraci Flores de Lima, João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli.
A investigação do CNJ está em andamento e promete fornecer respostas sobre as alegadas irregularidades na jurisdição da Lava Jato, que envolve a 13ª Vara Federal de Curitiba e o TRF4.
Este escândalo [MoroGate] tem o potencial de redefinir o curso da justiça no Brasil, destacando a importância da integridade no sistema judicial do país.
Note que o caso MoroGate foi aberto após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que suspendeu o processo contra o juiz afastado Eduardo Appio que estava em tramitação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, bem como os acordos de leniência da Odebrecht.
Aliás, Toffoli acolheu as alegações iniciais de Appio, em maio, quando o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba removeu o segredo de justiça sobre os acordos de leniência da Odebrecht.
Appio afirmou na época que o acesso público é de interesse da sociedade, alegou que a “luz é o melhor desinfetante” que se conhece para a democracia e a liberdade de imprensa.
Portanto, Toffoli e Salomão já tem consciência de que o juiz Eduardo Appio foi afastado porque quis mover supostos esqueletos que estão no armário da Lava Jato em Curitiba.
Por isso, a tendência é que o juiz Appio seja restituído ao cargo nas próximas horas.
Tic-tac.