Demorei um pouco pra responder e te peço desculpas. Estive numa discussão ao longo do dia com um pessoal do facebook. Obviamenteeleitores do fakeque segue, nutrindo por ele todo amor que há nessa vida. Envoltos numa cegueira, despejam suas barbaridades como se fossem naturais e o agradecem por sua representação de um não hipócrita. Me assusta um pouco. Sim, tudo isso! Me assusta pensar que o domingo de eleição chegou e muitas pessoas não se ligaram do mal que estão fazendo pro país. E, claro, pra elas mesmo.
Foi nos aproximarmos da decisão que cada vez mais pipocam notíciasaterrorizantes que remetem ao tempo passado que não é tão passado. A ditadura, a censura, esses demônios que insistem em nos olhar na beira da cama. Me surpreende que seja tão difícil falar sobre essa história recente do Brasil. É sempre polêmico entrar neste tema visto que as pessoas simplesmente não acreditam ou não sabem sobre. Acreditam mesmo no período como uma revolução, algo bom pro país. Acreditam! Mesmo que nessa semana universidades sofreram repressões policiais pelo posicionamento de seus professores e que o candidato faça tantos elogios ao período. Falar de ditadura é polêmico! É difícil! Uma, conforme disse, pela não abertura pra diálogo e crença. Duas porque, se olharmos com verdade, a ditadura nunca acabou. As instituições se manteram firmes no propósito de preservar a forma de agir aprendida no período. Logo… tortura, condenação sem provas e a violência seguiram firmes aí. E tem gente gritado por isso. Tem gente querendo de novo. Ditadura? Que ditadura? A nova, a velha? A que veio acontecendo ao longo do tempo? A que tentamos estabelecer distanciamento com o antes? A ditadura! Que segue acontecendo e se as pessoas seguirem acreditando nesse maluco, vai ter um documento assinado e reconhecido firme atestando sobre sua essencialidade. Pra daí, daqui tantos e tantos aos, pintarem de novo como uma revolução necessária para o momento. Não! Sem chance! Não me convide para almoçar com o terror. Com ele não. Ele não!
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Guigo Ribeiro é ator, músico e escritor.
A opinião dos autores não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.
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