Ministério da Saúde prevê pico do coronavírus no Brasil dentro de duas a nove semanas

    Estimativa é feita com base no índice de doenças respiratórias no país, de acordo com secretário de Vigilância

    Brasil já tem confirmados 66.501 casos de covid-19 – Christiano Antonucci/Secom-MT

    Por Erick Gimenes.

    O Ministério da Saúde prevê que o pico de transmissibilidade do novo coronavírus deva ser registrado entre as próximas duas e nove semanas no país, afirmou o secretário de Vigilância, Wanderson de Oliveira, nesta segunda-feira (27).

     “Nós ainda estamos próximos do período de maior transmissibilidade. Nós estamos na semana epidemiológica 18. O período de maior incidência de vírus respiratórios ocorre em torno da semana 20, 22, 27. Tem anos que se antecipa, tem anos que se prolonga um pouco mais”, afirmou o secretário.

    Nesta segunda, o ministério registrou 66.501 casos do novo coronavírus, com 4.543 mortes registradas até o momento. Nas últimas 24 horas, foram 4.613 casos confirmados e 338 mortes.

    O secretário ressaltou que, como trata-se de uma doença nova, a previsão é baseada nos registros de doenças respiratórias, como é a covid-19. “Por que a gente sempre fala de vírus respiratórios? Porque é o único que nós temos como referência. O vírus covid não circulava, nós não temos uma série histórica de anos anteriores para que a gente possa projetar o padrão dessa nova doença”, explicou Wanderson.

    Ao comentar os números, o ministro da Saúde, Nelson Teich, ressaltou que vai considerar as características de cada região para tomar decisões relacionadas ao vírus. Ele afirmou que, antes de aliviar a restrição social, ainda precisa de informações mais precisas.

    “Ninguém vai incentivar medidas que restrinjam a contenção sem informação adequada. Eu tenho colocado isso várias vezes. Isso não vai acontecer. O que a gente vai é buscar a informação necessária para tomar as decisões”, garantiu.

    Segundo Teich, é preciso levar em conta que os testes usados no Brasil têm pouca efetividade. “É comum as pessoas imaginarem que os testes médicos são extremamente precisos e definem tudo. Não é assim que funciona. Existe um erro significativo em muitos testes que a gente faz. O que eu coloquei, no começo, é que a capacidade de entender o poder de avaliação do teste e a interpretação são absolutamente fundamentais”.

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